quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Trabalho de pares



O trabalho autónomo é uma meta alcançável e desejável.
Trabalhar em autonomia não significa trabalhar sozinho e de forma solitária.
Quando se consegue trabalho autónomo, meta para todos os alunos do Centro Educativo e de Formação Espaço Crescer (https://espacocrescer2012.wordpress.com/), consegue-se trabalhar de forma independente, e os requisitos para que isso aconteça são:
1 - conseguir concentrar-se na sua tarefa ou do seu grupo
2 - conseguir interpretar o enunciado ou situação com o qual é confrontado
3 - refletir e/ou discutir com o seu grupo a melhor forma de alcançar a resposta para o que é pedido
4 - estruturar a resposta e escrevê-la
5 - concluir
6 - reformular e reiniciar o processo se necessário

Isto aplica-se para atividades físicas, associadas a jogos de equipa ou individuais, atividades cognitivas, como fazer trabalhos de casa e estudar para testes e exames, e outros domínios. Aplica-se desde a idade mais jovem até morrermos.

Ser autónomo não é não precisar de ninguém. É apenas não ter receio de avançar para aquilo que não conhece, arriscar, ponderar, discutir, refletir, tentar resolver, mesmo que não perceba nada sobre o assunto e sem ter medo de errar.
E isto tudo pode fazê-lo em trabalho de pares para que esta aventura seja mais fácil e deliciosa.

Após vários dias de estudo durante as férias, aqui no Espaço Crescer optamos agora por fazer outro tipo de dinâmica, para motivar os mais velhos a aprenderem e a ajudarem a aprender.
Nada melhor do que tentar ensinar a alguém para perceber quais são as possíveis formas de aprender e assim compreender que nós próprios temos dificuldades que podem ser resolvidas.
Ao tentar ajudar os outros, tomamos consciência de nós próprios pois temos que adaptar a nossa linguagem para que nos percebam.
Desta forma temos desmitificado a falta de empatia entre alguns professores com os nossos alunos que vão percebendo que o "problema", se é que existe, não está em si mas na comunicação com os professores e outros colegas.
O trabalho de pares é excelente para perceber toda esta dinâmica sem grandes explicações pois as coisas vão simplesmente acontecendo.
Por exemplo, um aluno de 1º ano que transitou para o 2º ano tem uma ficha de trabalho que não consegue fazer sozinho. Um outro aluno de 3º ano tenta ajudá-lo mas não pode fazer por ele, apenas explicar o que se pretende e esclarecer as várias formas de chegar até à resposta.
Por vezes, no meio deste processo, ouço "Isto é tão fácil e tu não percebes!". Esta observação não é negativa, não deve ser. -mas, se a atividade for mal orientada, pode ser negativo...
Se pegarmos nisto e fizermos ver que se não sabe foi porque ainda não aprendeu e aqui está uma boa oportunidade de o fazer e o aluno de 3º ano tem essa missão, a de ensinar, torna-se bastante positivo.
O de 1º ano ganha a humildade de aceitar que um amigo de brincadeira seu sabe mais e pode aprender muito com ele. O de 3º ano ganha a perceção de que explicar-se afinal não é assim tão fácil e desenvolve várias formas de se exprimir, consoante a situação assim o exija.

Seria um exercício interessante para adultos desenvolverem o autoconhecimento e tolerância face a outras formas de raciocínio.
Por exemplo, uma cabeleireira explicar a um arquiteto como se cortam cabelos. Uma educadora de infância explicar ao senhor do talho como contar uma história....

Bom trabalho!


quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Sim...

Sim ao amor.
Sim à felicidade.
Sim à paixão.
Sim à bondade.
Sim ao carinho.
Sim, o sol usa óculos de sol.
Sim, o mar tem flores.
Sim, os animais falam.
Sim, nunca chove.
Sim, nunca há incêndios.
Sim, o céu é verde.
Sim, as nuvens são amarelas.
Sim, não há doenças.
Sim, não existe crueldade.
Sim, os animais não são ferozes.
Sim, o mundo só tem um país.
Sim, as pessoas são imortais.
Sim, a areia é azul.
Sim, os alimentos são todos roxos.
Sim, a água é prateada.
Sim, as pessoas vivem em tendas.
Sim, todas as pessoas sabe ler e escrever.
Sim, todo o mundo fala português.
Sim à simpatia.
Sim à coragem.
Sim ao orgulho.
Sim, não existe egoísmo.
Sim, as pessoas não precisam de trabalhar.
Sim, as pessoas convivem.
Sim, os pais brincam, correm, cantam, etc.
Sim, os dinossauros existem e são amigos das pessoas.
Sim, ouvia-se música 24h por dia.
Sim, toda a gente se conhecia.
Sim, nunca trocavamos de roupa.
Sim, nunca tomavamos banho.
Sim, não cheiravamos mal.
Sim, ninguém chorava.
Escrito por uma menina de 12 anos

Sim, está ali o guizo.
Sim, está ali o burro.
Sim, está ali o menino.
Sim, está ali o cubo.
Sim, está ali o copo.
Sim, está ali uma letra.
Sim, está ali a menina.
Sim, está ali o porco.
Sim, está ali a caixa.
Sim, está ali a cobra.
Sim, está ali o armário.
Sim, está ali a porta.
Sim, está ali o Rodrigo.
Sim, está ali o fato do Nodi.
Sim, está ali o sim.
Sim, está ali o não.
Sim, está ali a faca.
Sim, está ali a linha.
Sim, está ali o livro.
Sim, está ali a senhora.
Sim, está ali o ganso.
Escrito por uma menina de 7 anos

Sim é uma palavra que origina a alegria.

Sim à boa educação.
Sim à paz, à harmonia e ao amor.
Sim a tudo de bom da vida.
Sim ao respeito perante toda a gente.
Sim à criatividade.
Sim à felicidade.

Sim, a palavra que anda de mãos dadas à liberdade.
Escrito por uma menina de 12 anos

Sim, sim, sim, sim, sim, sim, sim, sim, sim, sim, sim, sim, sim, sim, sim, sim, sim, sim, sim, sim, sim, sim, sim, sim, sim, sim, sim, sim, sim, sim, sim, sim, sim, sim, sim, sim, sim, sim, sim, sim,...
Escrito por um menino de 7 anos

Sim, a palavra mais alegre.
Sim, a palavra que me faz feliz.
Sim, a palavra que eu digo à minha mãe.
Sim, eu tenho a melhor professora.
Sim, tenho amigos bons.
Sim, eu tenho um gato.
Sim, gosto muito da Sónia.
Escrito por uma menina de 8 anos

Sim é uma palavra que podemos usar e não usar nas coisas más.
Sim é de poder fazer alguma coisa e não só.
Sim é boa quando precisamos e quando não precisamos.
Sim é uma palavra que são duas coisas.
Escrito por uma menina de 8 anos

Sim, eu não gosto da Anastasia.
Sim, gosto de ser o Nodi.
Sim é bacon.
Sim é contra o não.
Sim é sim.
Sim, diz sempre a Bruna.
Sim é fixe.
Sim, a Sónia é uma amiga.
Sim vs Sim é duplo Sim.
Sim é amigo de toda a gente.
Sim é uma palavra usada.
Sim tem o nome que é sim.
Sim é sim e não é não.
Sim, fui eu que fui lá fora.
Sim, fiz leite.
Sim Ahahahaha, criem-me.
Sim, é ela a Ninita, a minha cadela.
Escrito por um menino de 10 anos

Estes textos foram o resultado da atividade de Escrita Criativa nas férias escolares de verão 2016 no Centro Educativo e de Formação Espaço Crescer (https://espacocrescer2012.wordpress.com/)

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

É sexta-feira


Sempre fui fã dos Boss AC, em adolescente e agora, ainda criança.

Vídeo que mete os mais pequenos a mexer, os mais velhos a cantarolar, os mais sérios a chorar e os mais descontraídos a brincar com os problemas da vida pois de outra forma daríamos em malucos.

A parte pedagógica deste filme?
Ler em português
Ler em inglês
Cantar em português
Associar formas do dia a dia a figuras geométricas
...
Ir até onde a imaginação nos levar
Aprender com tudo o que nos acontece, bom e mau ou até indiferente

Boa sexta-feira!

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Escrita Criativa - Não...


- Oh Sónia, eu quero escrever um poema e não sei....

Não é um nome
De um menino
Que é muito pequenino
E que é amigo de uma mão.
Escrito por um menino de 10 anos

Não haver pessoas que morrem(adoecem.
Não haver tristeza.
Não, a palavra indesejada pelo mundo.
Não haver exames na escola.
Não ao racismo.
Não ao bullying.
Não ao abandono dos seres vivos.
Não ao aborto.
Não haver palavrões (palavras "más").
Não haver dias muito chuvosos, dias com relâmpagos, trovões.
Não haver preconceito com os seres vivos.
Não à violência doméstica.
Não haver guerra.
Não haver pessoas que pensam que os outros são diferentes só por terem menos dinheiro ou mais.
Não haver tráficos de drogas.
Não, não ao abuso sexual.
Não à poluição do ar.
Não ao abandono escolar.
Não ao abandono de crianças.
Não haver pessoas desempregadas.
Não haver a palavra não.
Não, a palavra NÃO é constituída pela letra N de natureza, de seguida A de amor e por último O de orgulho.
Não à destruição de florestas.
Não haver fumadores.
Não haver maus tratos com as pessoas.
Escrito por uma menina de 12 anos

Não gosto do escuro.
Não gosto de laranjas.
Não gosto de bananas.
Escrito por um menino de 7 anos

Não é o nome de um menino.
Não está ali o rapazão.
Não está ali um coelho.
Não está ali a Melanie.
Não está ali a Luana.
Não está ali a zebra.
Não está ali um burro.
Não está ali um cavalo.
Não está ali uma cadeira.
Não está ali uma galinha.
Não está ali um gato.
Não está ali um corrimão.
Não está ali uma capa.
Não está ali a Sónia.
Não está ali a Sara.
Não está ali a Melanie.
Não está ali a caixa.
Não está ali o saco.
Não está alçi a revista.
Não está ali o balde.
Não está ali o chapéu.
Não está ali o Porto.
Não está ali a ventoinha.
Não está ali a árvore.
Não está ali a pedra.
Não está ali o Porto.
Não está ali a Laura.
Não está ali o cortinado.
Não está ali o Porto.
Não está ali a janela.
Não está ali o telhado.
Não está ali o Rodrigo.
Não está ali o quadro.
Não está ali o livro.
Não está ali o carrossel.
Não está ali o brinquedo.
Não está ali o computador.
Não está ali as escadas.
Não está ali a louça.
Não está ali a risca.
Escrito por uma menina de 7 anos

Não sei, filho...
Não sabes, mãe?
Não porque...
Não dizes, mãe?
Não dizes porquê?
Não quero.
Não, porquê?
Não digo.
Não dizes?
Não.
Escrito por uma menina de 8 anos

Não gosto da Ana.
Não gosto que o meu cão faça chichi na cama.
Não tenho fraldas.
Não gosto do Não.
Não gosto de peixe.
Não gosto de leite.
Não gosto de flores.
Não gosto de castanhas.
Não gosto de lama.
Não gosto de queijo.
Não gosto de mel.
Não gosto de águias.
Não gosto de cobras.
Não gosto de leões.
Não gosto da escola.
Não gosto de iogurtes.
Não gosto de cestos.
Não gosto da minha tia.
Não gosto de óculos.
Não gosto de tintas.
Escrito por um menino de 10 anos

Não há donuts na loja nem no supermercado.
Não quer dizer não.
Não, nananão, não, nananão, não faz o mundo girar.
Não gosto de escadas.
Escrito por um menino de 6 anos

Não é o nome do menino...
Não se bate nos meninos...
Não se grita para as pessoas...
Não se faz mal às pessoas...
Não se é mau para os amigos...
Não se fala quando uma pessoa está a falar...
Não se brinca com coisas perigosas...
Escrito por um menino de 7 anos

Não posso ter uma boneca.
Não gosto de cães.
Não tenho amigos suficientes.
Não tenho medo do meu Nooky.
Não gosto de água a escaldar.
Não gosto de bacalhau com broa.
Não tenho medo do escuro.
Não gosto de me afundar.
Não gosto de pessoas feias.
Não gosto de águias.
Não gosto de aranhas.
Não gosto de lesmas.
Não gosto de centopeias.
Não gosto de coisas eletrónicas.
Não gosto de narigudos.
Não gosto de brincos túnel.
Escrito por uma menina de 8 anos

Não, a palavra que nos chateia.
Não, a palavra que ninguém gosta de ouvir.
Não, a palavra negativa triste.
Não, a palavra que nos dá que pensar.
Não, a palavra que nos desilude.
Não, a palavra que nos faz isolar devido às suas consequências.
Não a tudo o que nos faz mal.
Escrito por uma menina de 12 anos

Não gosto de pessoas chatas.
Não gosto de esperar.
Não gosto que me chateiem.
Não gosto de ver futebol.
Não quero morrer.
Não gosto de aranhas nem de bichos.
Não gosto que me irritem.
Escrito por uma menina de 9 anos

Não gastar dinheiro.
Não abrir a porta quando os meninos estão na casa de banho.
Não gosto que os meus amigos me batam.
Não se compram coisas caras.
Não gosto de vomitar.
Não gosto que os meus amigos me aleijem.
Não gosto que tenham ciúmes de mim.
Não gosto de ter um amigo mau.
Não gosto que a minha mãe tenha um bebé porque depois ele chora e não consegue parar de chorar, só consegue quando estiver a dormir.
Escrito por um menino de 6 anos.

Estes textos foram o produto da atividade de Escrita Criativa nas férias escolares de verão 2016 no Centro Educativo e de Formação Espaço Crescer (https://espacocrescer2012.wordpress.com/)

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

As nuvens e o Sol

Situação:
Imagina que num dia de chuva, o sol queria brilhar um pouco mas as nuvens não o deixavam. Porque seria? Escreve o diálogo entre o sol e as nuvens.

Texto:
As nuvens e o Sol

Num belo dia de Verão, o sol queria brilhar um pouco mas as nuvens não queriam. 
Então o sol resolveu falar com as nuvens:
- Vocês podem ir para outro lado para eu brilhar?
As nuvens responderam:
- Está bem, nós vamos.
O sol ficou durante uns minutos a brilhar, todo contente mas vieram umas nuvens cinzentas e taparam o sol. Ele ficou muito triste.
Ele voltou a pedir às nuvens para se afastarem para que ele brilhasse mas elas não deixaram porque estavam aborrecidas.

O sol ficou muito triste e resolveu fazer um acordo com as nuvens. Pediu para serem amigos e estarem juntos no céu e brincar juntos. Ficaram todos amigos.

Escrito por um menino de 6 anos na atividade de escrita criativa nas férias escolares de verão 2016 no Centro Educativo e de Formação Espaço Crescer (https://espacocrescer2012.wordpress.com/)