quinta-feira, 26 de março de 2020

Todos na Internet, e agora?

Nas últimas semanas, os frequentadores assíduos da Internet aumentaram forçosamente.
Muitos são os conteúdos disponíveis gratuitamente.
Pouco é o tempo para que os pais supervisionem os mais novos.
Grande é o afastamento físico de pessoas que desejariam saber mais para poder navegar com segurança.
Deixo aqui hoje uma sugestão para explorarem sobre o assunto.

SeguraNet

É um site atual, com recursos disponíveis para todos.
Os jogos estão adaptados às diferentes idades, sendo que quem tem menos prática com a informática, deverá começar pelos jogos de 1º ciclo, mesmo que não seja criança.
Mais do que cliques para passar o tempo, aconselho a navegações na Internet de forma segura e com conteúdo útil ao cérebro.
A sanidade mental de cada um agradece.

Boas navegações seguras!

terça-feira, 24 de março de 2020

Pontilhismo


O Pai Natal?
Sim... Mas apenas porque o Pontilhismo é um bom exemplo de atividade para fazer em contexto familiar, onde há participantes de todas as idades. Esta fotografia é do desenho do Pai Natal pois esta atividade foi feita nas férias escolares de Natal no Espaço Crescer.

Mas a imaginação é o limite.
Podem começar por explorar uma história, um tema ou apenas sugerir um concurso.
Depois, cada um utiliza apenas a pintura através de preenchimento com pontos.
No Pontilhismo os pontos devem ser os únicos no desenho. Maiores, menores, de várias cores.
A ideia é preencher com pontos o desenho já impresso ou desenhar primeiro.
Vejam os EXEMPLOS e surpreendam-se!

Boas artes!

quinta-feira, 19 de março de 2020

Biscoitos para o Pai

Esta fotografia foi retirada do site https://www.sidul.pt/receitas/biscoitos-dia-do-pai, onde podem ficar a conhecer a receita para os biscoitos para o Pai.
Penso que é uma boa opção para um belo lanche da tarde em que toda a família está por casa.

Feliz dia do Pai!

quarta-feira, 18 de março de 2020

Jogos de lógica cheios de pó!

 As potencialidade dos jogos de lógica são imensas e conhecidas por todos.
O único senão, num dia-a-dia normal, é que demoram muito tempo, quando bem explorados.
Então, penso ser uma boa sugestão para este próximo mês. Deixo aqui apenas dois:
- construir puzzles  - a complexidade está relacionada com o número de peças. Quanto mais idade tiverem os utilizadores, maior o número de peças. No entanto, para quem não está habituado a fazer puzzles e pretende começar, sugiro que inicie com puzzles pequenos, 50 ou 100 peças. Depois de se sentir confortável, comece a aumentar o número de peças. Ou seja, não está tão relacionado com o idade mas com a experiência em fazer puzzles.

- jogar xadrez - há muitos sites de aprendizagem das regras do xadrez. Pode ser jogado online ou num tabuleiro, se já o tiver em casa. Se estiver sozinho em casa, pode jogar online com outros utilizadores. Se tem companhia, pode fazê-lo até com os mais novos. Atenção que eles são bastante perspicazes e rapidamente passam de jogador principiante para especialistas em qualquer jogo!
Muitos são os jogos deste género e todos temos em casa, numa qualquer gaveta ou armário esquecidos.
É uma boa altura de lhes tirar o pó.
Não é de admirar se as capacidades não estiverem tão boas como pensávamos. Neste caso, o difícil é começar, depois a mente é ativada e todas as capacidades começam a ser desenvolvidas gradualmente.

Bons jogos!

terça-feira, 17 de março de 2020

A vida de... - Escrita Criativa


A escrita e a criação de histórias abre janelas para a nossa mente crescer e desenvolver-se, em qualquer idade. A complexidade das histórias não é para ser avaliada, até porque cada um dá o seu próprio valor à mesma.
Sugiro os seguintes passos que podem ser adaptados aos participantes ou a quem faz individualmente:
1º - Reunir objetos do interesse dos participantes e pedir para escolherem apenas um cada um.
2º - Explicamos que a ideia é cada um inventar uma história, podendo ser passado, presente ou futuro, para o seu objeto.
3º - Damos um certo tempo, que é maior quanto mais velhos forem os participantes, para que cada um invente a sua história. Quem não sabe escrever faz desenhos e cria apenas na sua mente. Quem sabe escrever escreve toda a história.
4º - Após todos terminarem, até pode ser noutra altura do dia, cada um apresenta a sua história da maneira como pretender e achar melhor.

Boas escritas!

segunda-feira, 16 de março de 2020

Quadro de massas

A minha sugestão de hoje é um quadro de massas, que pode ser feito com o material que tivermos por casa.
Em qualquer tipo de cartão, para se poder colocar na vertical depois de concluído.
As massinhas podem ser de qualquer tipo, conforme a imaginação. Podem ser coladas ou meramente pousadas.
As pinturas com qualquer material de pintura, conforme a disponibilidade do adulto para acompanhar a atividade.
Se houver disposição para estar sempre de olho e até fazer em conjunto, pode ser com pincéis e tinta.
Se for adolescente, e sim, os adolescentes também alinham nestas coisas desde que não seja obrigatório 😉, pode ser o material que eles escolherem e tiverem em casa. Normalmente surpreendem-nos pela positiva.
Se for criança e a ideia é estarem mais ou menos sozinhos a fazer, o melhor é ser lápis de cera, pois nem sequer se preocupam se não pinta, no caso dos marcadores, ou se o bico partiu, no caso dos lápis de cor.



Bons quadros!


domingo, 15 de março de 2020

Passeio fotográfico

Continuando numa lógica de partilha de ideias, para esta época menos boa e também para muitas outras de mero passeio que virão concerteza, deixo-vos a sugestão de um passeio de carro, não tendo qualquer contacto a menos de 3 metros com qualquer pessoa fora do carro. Não há paragens em cafés... Lanche de casa. Aproveitem para abastecer o carro de combustível, com as devidas precauções (desinfetante, máscara, luvas, só um sai, pagamento por multibanco, ...)
Neste passeio os adolescentes e crianças podem ir fotografando, pedindo para parar quando acharem algo interessante, enquanto os pais ou irmãos mais velhos conduzem.
Após este passeio, voltando a casa, estas fotografias podem ser exploradas das seguintes formas:
- construir um álbum fotográfico digital, em Power Point ou noutra aplicação, ideal para adolescentes;
- imprimir as fotografias e construir um álbum em papel, cartão ou outro material, ideal para crianças com menos de 10 anos;
- imprimir as fotografias e criar histórias com elas, podendo ser orais e/ou escritas;
- com as fotografias impressas ou ainda em formato digital, fazer jogos de adivinhas, de palavras, de mímica.
Se tiverem mais ideias para dinâmicas sobre os passeios fotográficos, partilhem!
Aqui ficam as minhas fotografias de ontem. Ainda não as explorei em atividade, mas irei explorar. 😀
Campo Escutista em São Jacinto

Campo de jogos da Torreira

Escola da Torreira

Praia da Torreira

Parque mucicipal da Torreira

Bons passeios!

sexta-feira, 13 de março de 2020

Tanto tempo, e agora?


Já está decido, crianças e jovens em casa.
Sendo isso um dado adquirido, resta agora não entrar em desespero e pensar em estratégias não muito cansativas mentalmente para que este mês passe da melhor forma.
Quem me conhece sabe que sou fã de planeamento, principalmente quando há TANTO TEMPO LIVRE.
O tempo em família é precioso e tudo o que queremos nesta altura é não ter discussões nem entrar em confronto uns com os outros. Principalmente nos casos em que:
- há crianças muito ativas em casa;
- há pais com trabalho a fazer, mesmo tendo a companhia dos mais novos;
- há crianças e adolescentes que se "colam" aos aparelhos e não fazem mais nada sem ser comer e dormir;
- há 5 refeições diárias para todos para preparar.

Ora, o que proponho, nesta fase inicial, é uma pequena atividade em família:
FAZER UMA CHUVA DE IDEIAS E CALENDÁRIO
Agora que têm realmente tempo, sentem-se todos juntos e:

1º Perguntem-se uns aos outros o seguinte (a isto se chama brainstorming):
O que gostas mais de fazer?
O que devemos fazer todos os dias?
O que gostas mais de comer?
O que devemos comer durante os dias?

2º A pessoa, criança ou adulto, que sabe escrever escreve em diversos papéis as ideias que surgiram.

3º Desenhar um calendário a gosto. Pode ser diário, semanal ou mensal, conforme a idade e da paciência dos intervenientes.

4º Distribuir pelo calendário as atividades e ementa, tendo em conta que as atividades mais agitadas devem ficar para a parte da manhã e as mais calmas para a parte da tarde.
Para saber quais são as mais agitadas e as mais calmas podem pensar no tom de voz que cada uma requer. Ou seja, por exemplo, caminhar é uma atividade de movimento mas não andamos aos berros, pois não? Então, caminhar é uma boa atividade para fazer a seguir ao almoço ou ao final da tarde. Jogos (não os eletrónicos), podem ser ativos se forem dinâmicos, é bom para a parte da manhã. Estudar, dependendo das capacidades de cada um, pode ser mais agitado ou calmo. O desafio é ir percebendo o que é mais adequado a cada um.

5º Decorar o calendário e afixar. Deve ser visto como algo bom e não uma imposição obrigatória e rigorosa.

6º Deixar os papéis visíveis num pote transparente ou algo do género, com mais papéis em branco para que se aumentem as ideias à medida que os dias passam.

7º Mudar o calendário quando tiver que ser. Não deve ser visto como algo inflexível. É apenas para que todos tenham uma linha orientadora e não ser gerado o caos. Lembrem-se que os alunos têm sempre um horário a cumprir de segunda a sexta-feira e é a isso que estão habituados. Os adultos têm o seu tempo organizado e ter um menor sempre, sempre consigo pode ser esmagador.

Aqui em casa surgiu logo a questão:
"Se não acabarmos algumas coisas hoje podemos acabar amanhã?"
Claro que sim! A ideia é ir mantendo a capacidade mental em alta para quando retomarmos as rotinas escolares e laborais esteja tudo a funcionar bem.
Demoramos pouco mais de uma hora a realizar a tarefa e o calendário ficou com a decoração incompleta. Não há problema. Retomamos depois.
Vão surpreender-se com as ideias que todos temos, ADULTOS, ADOLESCENTES E CRIANÇAS, com toda a certeza. Lembrem-se que temos a Internet e as ideias online são muitas: receitas, trabalhos manuais, ginástica em casa, jardinagem caseira/doméstica, filmes, aprendizagem de uma língua, ...

A partir de hoje vou partilhando ideias do que já fizemos no Espaço Crescer Centro de Estudos e pode ser adaptado em casa. Mas o melhor mesmo são as ideias de cada um!

Boas ideias!

quinta-feira, 12 de março de 2020

Privados sem altas chefias


Na sequência do que se tem passado pelo mundo e agora com muita força em Portugal, no Espaço Crescer Centro de Estudos as atividades vão continuando com os serviços mínimos.

O que é isto de serviços mínimos?
- Os grupos de crianças são pequenos, menos de 10;
- Os professores só vão se for estritamente necessário;
- As explicações e apoio em trabalhos escolares e académicos são garantidos a distânica, online.

Os serviços mínimos que são garantidos presencialmente têm como base os seguintes comportamentos:
- Quem esteve em contacto com pessoas com Covid-19 positivo não participa;
- Todos os participantes, professores e alunos, devem estar equipados com máscara e desinfetar as mãos, utilizando apenas o seu próprio material;
- Todas as superfícies são desinfetadas ao longo do dia.

Quando um dos intervenientes, quer seja professores, pais ou alunos, não se sentir confiante em estar em contacto com outros, aconselhamos a não ir pois põe em causa a estabilidade das sessões.
Estas diretrizes são as que aconselhamos a todos os locais privados que não dependem de decisões de governo e altas chefias, tendo em conta todas as informações que circulam sobre o Covid-19.
Sugerimos também que, quem lida com os mais novos, aproveite para explicar tudo sobre o que se passa, sem alarmismos, bem como para experenciar a utilização de máscaras e antissépticos, numa perspetiva de aprendizagem e precaução.
Nesta fase, tendo em conta a pouca gravidade da doença e a grande gravidade da sua propagação, pensamos ser o melhor a fazer.
E brincadeiras na rua, sim! Continuamos a ser a favor das mesmas mas num ambiente restrito, em jardins privados, por exemplo. Fora isso, não é boa ideia.
Também é uma boa altura, já que os mais novos emitam tudo o que os seus modelos fazem (pais e outros adultos), de ter uma postura calma e tranquila, de consciência comunitária e não apenas individual. Ou seja:
- deixar os filhos com avós é mais perigoso pela propagação a público mais sensível;
- ir às compras e encher o carro de compras mais do que é suposto é desperdício de dinheiro, recursos e esforço;
- passear em locais públicos sem as devidas precauções é arriscado para todos;
- encontrar soluções em vez de criticar apenas já que, nesta fase, depende de todos.

Esta é mais uma fase em que o povo tem que saber o que fazer e decidir ao seu nível, já que o governo alega a democracia e a autonomia de escolas e municipios deixando assim ele de decidir.

Boas decisões!

quarta-feira, 11 de março de 2020

Carnaval nas escolas


Desde sempre que conhecemos o Carnaval das crianças como um momento de alegria, diversão e muita folia, onde as crianças escolhem as suas máscaras consoante a sua preferência: super-herói, profissão, princesa, ...
Este ano gostaria de destacar o carnaval trapalhão das escolas que, na tentativa de aproveitar mais este momento para ser lúdico e pedagógico, envolvem toda a comunidade escolar e aproveitam para trabalhar temas específicos.
Esta fotografia é do carro alegórico da Escola Básica de Espargo, totalmente da autoria das famílias e alunos.
Os vizinhos e conhecidos também ajudaram, emprestando a carrinha, dando os cartões, emprestando e gerindo o sistema de som. A Associação de Pais envolveu-se fornecendo tintas.
As professoras e educadoras organizaram os alunos, escolheram as músicas e dançaram desfilando.
Tudo isto sem sair da rua da escola.
Vale a pena tanto esforço para 30 minutos?
Vale, e a prova está nos textos que após o evento os professores dos mais velhos pedem para fazer, alegando estes que foi divertido, que tinha muitas frutas e legumes que são saudáveis, que os pais fizeram alguns, ...
Enfim, há um verdadeiro envolvimento e sentido de pertença a algo maior do que a sala de aula e do que a família nuclear.
É viver em sociedade. Se eles não forem levados a viver isso agora, no pré-escolar e 1º ciclo, como saberão viver depois?
Como iriam adquirir as competências sociais tão necessárias?

Bons envolvimentos!

sexta-feira, 6 de março de 2020

Choque de gerações


Quando se fala em choque, pensamos que algo de mal aconteceu.
Mas nem sempre é verdade.
Aliás, quando há um choque normalmente há uma mudança e, como o ser humano está preparado para sobreviver, dê por onde der, normalmente a mudança é para melhor.
No caso desta fotografia, reflete um claro choque de gerações pois, associada a ela está a pergunta inocente:
Porque é que um telefone tem um relógio tão grande?
Hum... Tentar explicar toda a dinâmica que implicava, antigamente, telefonar para alguém, é uma verdadeira comédia, mas um grande desafio.
Noutros casos, como as fotografias que refletem situações menos boas, como a fome e a guerra, as más condições das salas e das habitações, e por aí fora... De outros tempos e dos tempos de hoje... Nestes casos, o choque em si é uma má sensação, mas o que vem depois desse choque é bom, só pode ser.
É quando as pessoas se apercebem de outras realidades e pensam em mudar o seu comportamento ou pensam em iniciativas para que ajudem a mudar estas situações menos boas.
O mesmo acontece com o choque de gerações.
Lidar com as crianças e jovens de hoje não é necessariamente um choque que dá em más relações. Tentar levar tudo com um certo humor, com proatividade, com a inocência de quem está a ouvir e a ver aquilo pela primeira vez, assumidamente, é um grande passo para todos e todos saem a ganhar.
Não somos menos adultos por tentarmos falar a liguagem dos mais novos, nem somos menos maduros por fazer com que eles nos percebam e que nós os percebamos a eles. Ou, ainda, assumir que não percebemos e está tudo bem na mesma.
O deixar rolar não é sinónimo de desleixo, desde que continuemos atentos às verdadeiras "coisas" más e não àquilo que pensamos que deveria ser e não é.

Bons choques!