quinta-feira, 17 de dezembro de 2020
Uma questão de perspetiva
segunda-feira, 7 de dezembro de 2020
Magia dos legos
Neste caso, elejo os legos como objetos espelho da mente.
Em tempo de dias a fio em casa, privados do convívio com os colegas e dos ensinamentos da professora, é um resultado como o da figura que nos surpreende.
Surpreendente é ainda mais se "perdermos" 10 minutos a ouvir a explicação da construção.
Então, aqui temos uma escola. Hum... Suspeito...
Nesta escola os alunos vão de autocarro e cada um pode levar um animal consigo. Tanto os autocarros como os animais ficam no rés do chão.
No primeiro andar os alunos têm as prateleiras para guardarem o seu material e no segundo andar o grupinho reúne-se para ouvir a professora e com ela conversar.
No último andar há uma casa de banho.
Tendo em conta que as escolas não são na vertical, é interessante perceber a capacidade de resolução de um problema visto que as peças de lego não têm placas suficientes para conseguir colocar a escola na horizontal, como na realidade é.
Mas, o assustador disto é que toda esta complexidade estava na cabeça de uma criança que não tinha nada para fazer e o brinquedo que escolheu foram os legos.
Deixo a dica para deixarem os materiais disponíveis e dizerem apenas "Hoje tens todo o tempo para brincares ao que quiseres no teu quarto."
Depois é deixar fluir.
No final, mesmo que o quarto esteja virado de pernas para o ar, não deverá haver grandes ralhetes pois o quarto é da criança. Sim, deve estar arrumado, mas no final de tudo e, numa fase inicial, com a ajuda do adulto para a criança saber como se arruma. Cada dia que passa custará menos a arrumar.
As construções podem ficar montadas. São construções, fruto da brincadeira, não uma desarrumação. A seu tempo a própria criança irá descontruir e voltar a construir ou, pura e simplesmente, arrumar.
Bons tempos livres!
sábado, 28 de novembro de 2020
Adolescência mascarada
terça-feira, 6 de outubro de 2020
As mestras em dia de professor
Engraçado reparar hoje, após o dia temático de ontem... A mente tem destas coisas.
Mais engraçado é saber hoje o significado pois, antes de vir morar para Terras de Santa Maria, não sabia sequer que poderia existir a ocupação "Mestra".
Ora, afinal o que são?
Antigamente, e por aqui ainda nos dias de hoje, as donas de casa que, para além de tratarem da casa e da terra, ainda tinham tempo para educar os filhos de outras pessoas e as suas, de forma integral. Ou seja, eram aquelas pessoas responsáveis por ajudar com os trabalhos da escola ou, até mesmo, substituir a escola em casos de impossibilidade de frequentá-la por parte das crianças.
Nunca vista como uma profissão... Mas uma GRANDE responsabilidade.
Até porque o ensino foi evoluindo casa vez mais e mais rápido e as Mestras lá iam, ou vão, acompanhando.
Por isso, quando virem alguém que se deu muito bem na vida mas que, pelo histórico familiar, tudo indicaria que não iriam conseguir, devemos agradecer a quem esteve por trás desse sucesso. Pode ser a vizinha, a tia, a avó, ... O que é certo é que ensinou a vestir, a ter higiene, a estudar, a trabalhar e a tudo o que é necessário para uma vida em sociedade.
Neste caso, e agora uma visão romântica sobre a placa de rua, passo por aquela rua a imaginar onde moraria a Mestra Júlia e onde receberia as crianças daquela zona. E como o fazia tão bem, ao ponto de ganhar um nome na placa.
Bons ensinamentos!
domingo, 30 de agosto de 2020
Distanciamento social
sexta-feira, 28 de agosto de 2020
Bora lá, e traz autoconfiança
quarta-feira, 19 de agosto de 2020
COVID em jogo
segunda-feira, 17 de agosto de 2020
SMF Youth Talks
quinta-feira, 13 de agosto de 2020
Tão perto

segunda-feira, 10 de agosto de 2020
Parque fechado
sábado, 8 de agosto de 2020
Num balde de praia
Num dia de praia em que o clima não convida nada a estar ali, o que fazer?
Ir para a praia na mesma e aproveitar para explorar o que de melhor o local nos dá.
Os mais pequenos preferem construções na areia e apanhar conchas e outras formas, que podem ser exploradas de forma divertida e com alguma atenção a conteúdos que podem ser revistos tranquilamente em contexto real. Por exemplo, formas geométricas, contagens, espécies marinhas, ...
Os adultos surpreendem-se por encontrarem algo muito interessante também para eles, neste caso, comestível.
De um dia que parece perdido pela temperatura e nevoeiro, conseguimos a experiência incrível e saborosa de apanhar lamejinhas, conservá-las no balde de praia, chegar a casa e cozinhá-las de forma simples e degustá-las logo de seguida. Explorar todo o processo e a receita com os mais novos, até à adolescência, é levá-los para outra dimensão da vida que não se consegue de outra forma.
Neste caso temos a praia de Esmoriz como palco e a maré baixa como artista principal. Para ver as marés basta ir à Internet e pesquisar, pesquisa esta que pode ser feita pelos adolescentes da família, caso os haja.
Num ambiente calmo onde apenas as ondas estão com pressa, qualquer um cresce e desenvolve-se psicologicamente pela positiva.
Não resisti em partilhar, pois o mais simples momento pode ter um grande impacto no nosso dia a dia.
Boas praias!
sexta-feira, 31 de julho de 2020
Ele anda aí
quinta-feira, 23 de julho de 2020
Avisos explícitos
terça-feira, 21 de julho de 2020
Atraso Mental e Ensino Profissional
Infelizmente, atingindo uma certa idade, o caminho torna-se muito mais penoso para todos: os alunos e os adultos que lhes querem bem.
Porquê?
Porque sabemos que têm a vida adulta pela frente e são mais as janelas e portas que se fecham do que as que se abrem.
Sendo otimistas, chegar ao secundário e conseguir escolher um curso em que o aluno consiga desempenhar o seu papel dentro das suas possibilidades e capacidades, já é uma excelente vitória.
Falemos do caso do Atraso Mental.
Quando um aluno tem um Atraso Mental de 4 ou mais anos diagnosticado, e consegue chegar ao ensino secundário aos 18 anos.
No caso do ensino profissional, via mais comum para alunos com um percurso escolar mais acidentado, os alunos são, desde cedo, colocados em situação de estágio profissional.
Ora, se o aluno com atraso mental de 4 anos, que tem 18 anos mas efetivamente pensa como tendo 14 anos (fosse isto simples como a matemática, mas não é...) é colocado em situação de ambiente laboral, o que poderá correr bem?
Correrá bem o seu acompanhamento com profissionais realmente competentes e com vontade de acolher no dia de trabalho um estagiário que precisa de mais atenção e e dedicação que os outros.
Então, o que fazer por eles, como pais e professores?
Comunicar de forma aberta com os profissionais do estágio que o irão acolher.
Os pais ou encarregados de educação falam com a escola sobre esta preocupação, a escola fala com a empresa ou entidade que receberá o estagiário.
A escola como dinamizadora de cursos profissionais pode até ser excelente para todos os alunos e todos os percursos escolares, mais ou menos bem sucedidos, mas deixa de o ser se opta colocar os seus estagiários em empresas ou entidades que não estão preparados para os estagiários que receberão.
No caso do aluno com Atraso Mental o que pode acontecer é não ter a maturidade suficiente para a proatividade, para a iniciativa, para a autoconfiança que devemos ter em situação de emprego.
E eis que isto acontece, o profissional que o acolheu pode facilmente deixar o aluno em situação penosa e com consequências irreversíveis que colocam em causa todo o percurso vitorioso feito até ali. Pode levá-lo à necessidade de medicação, ao reajustamento da mesma para acalmar a ansiedade e stress causados pois não sabem lidar com "maus tratos" verbais por parte de quem os deveria acolher.
A solução é uma comunicação aberta com todos os intervenientes, avaliar reais caminhos e não ir apenas com a corrente. E não desistir.
Boas comunicações!
domingo, 19 de julho de 2020
Ano letivo 2020/2021
Diariamente somos bombardeados com notícias, informações, opiniões, reclamações e acusações que nos deixam, pelo menos, à escuta sobre o que poderá ser a partir de meados do mês de setembro.
Ora, segundo o documento redigido pela Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), a situação está definida, dando total flexibilidade aos agrupamentos e escolas privadas que ajustarão a realidade e as necessidades a cada caso.
Incluindo a situação dos alunos que não têm facilidade de acesso tecnológico e de acompanhamento de adultos por muitos motivos que dariam espaço a outra conversa, que opto não ter por enquanto.
O documento tem como título "Orientações para a organização do ano letivo 2020/2021" e está disponível AQUI.
A Federação Nacional da Educação (FNE), está de acordo com o Ministério da Educação, apresentando propostas de melhoria e disponibilizando-se para trabalhar em conjunto. Podemos ver o artigo completo AQUI.
A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) chega a 17 de julho com um vídeo do respetivo Secretário-geral, dizendo algumas verdades, dando opiniões e fazendo ameaças ao Ministério da Educação. Podemos ver a notícia e vídeo completo AQUI.
Ora, a questão que me inquieta é sermos um povo tão pacífico que deixamos que tudo aconteça para reclamar depois.
Se o Ministério da Educação deveria ter avaliado o verdadeiro impacto da forma como o 3º período decorreu? Sim, deveria.
Como avaliaria? Ouvindo os professores e encarregados de educação.
Mas o Ministério diz que os consultou! Não... O Ministério consultou os diretores de agrupamento que, para o bem e para o mal, não conseguem dar voz a todos os professores e encarregados de educação.
Eu preenchi, como encarregada de educação, formulários sobre como decorreu o 3º período. Para onde foi o resultado desse questionário? Não faço ideia!
Estou a escrever e a reler este pequeno artigo e já estou cansada da confusão que escrevi... E isto é apenas um desabafo.
A realidade que temos em Portugal é bastante mais confusa do que estas palavras.
Basicamente, ninguém se entende porque ninguém comunica realmente... Tentam, mas não o fazem...
Quando falamos sobre este assunto com alguém de alguma responsabilidade, é quase tudo tabu e ultrassecreto! Porquê? Não entendo...
Confiamos no nosso Ministério da Educação e respetivos profissionais ou não? São eles que ditam as regras e/ou orientações.
Confiamos nos Diretores de Agrupamento de Escolas e Escolas Privadas ou não? São eles que fazem cumprir as regras tornando a lei exequível e que ajustam as orientações à realidade do contexto em que o estabelecimento está inserido.
Confiamos nos Professores ou não? São eles que representam a Escola, independentemente das regras e orientações, ajustando às suas competências e capacidades a prática letiva possível para determinada turma e contexto.
Confiamos nos Encarregados de Educação ou não? São eles que dão feedback honesto e frontal sobre a realidade de cada aluno.
Se cada um fizer a sua parte e se os outros confiarem nisso, talvez consigamos chegar a algum sítio. Se não fizermos isso, continuaremos aqui nesta situação esquisita e vergonhosa, sem qualquer tipo de estabilidade ou lógica e eu continuarei a tentar ter a televisão desligada na hora do telejornal.
Ah! Nada disto é consequência do COVID-19... Esta pandemia só veio mostrar aquilo que realmente somos como comunidade educativa, TODOS, sem empurrar responsabilidades.
Boas confianças!
quinta-feira, 16 de julho de 2020
Experiências de verão
terça-feira, 14 de julho de 2020
Sugestão da Professora é regra
No meu caso, optei pela realidade de Lichinga (em Moçambique) onde as vendedoras me vendiam as frutas e legumes pelo lugar ou peça e não pelo peso. Se assim não fosse, teria que abordar conceitos como peso e ainda não o posso fazer. Depende muito da idade de quem está a brincar. Se forem mais velhos, podemos pesar numa balança a sério e fazer os cálculos mentais, por escrito ou calculadora.
Se as crianças forem muito novas, numa fase inicial é melhor serem cálculos bastante simples de modo a cativar e não levar à desmotivação.
À medida que vai ficando mais fácil, de semana para semana, o adulto pode ir colocando preços com decimais, por exemplo, 1,5€ e posteriormente 2,75€.
É importante não esquecer que os mais novos não sabem, pura e simplesmente, fazer cálculos com vírgulas. Para além de que a noção de cêntimos e euro não é espontânea e, para alguns, é bastante complicado de entender. O dinheiro é ensinado antes do cálculo com casas decimais.
Se houver irmãos mais novos, a sugestão é dar tarefas diferentes da contagem de dinheiro e cálculos dos trocos, pois rapidamente a brincadeira pode passar a ser um momento sério de frustração visto ainda não terem o desenvolvimento cognitivo para dar resposta à dificuldade implícita.
Neste tipo de brincadeiras as crianças aprendem o dinheiro mas também aprendem a linguagem corrente de boa educação "Boa tarde", "Desculpe, pode ajudar-me.", "Pode dizer-me quanto custa?", ...
É um desafio fantástico! E se quisermos, podemos fazê-lo em inglês, ou noutra língua que o adulto domine. É no brincar que aprendemos mais, principalmente as crianças.
Porquê?
Porque somos motivados a descobrir, arriscar sem medo de erro, dar espaço à imaginação e criatividade. O cérebro é livre e cresce, voa.
Boas brincadeiras!
sábado, 11 de julho de 2020
Ao virar da esquina
Em tempos de desconfinamento, muitos são os receios que temos como pais ou responsáveis pelos mais novos.
Mas, com eles, os mais novos, tudo é tão simples...
Se estão enteados em casa, sem querer arriscar ir para a praia e parques pelas enchentes que o calor faz aparecer, basta sair à rua.
Ao virar da esquina encontramos mil e uma curiosidades para os mais pequenos. Temos é que estar disponíveis para esclarecê-los!
Então, esta caixa grande com um telefone esquisito lá dentro, no meio do passeio, para que serve?
E o que é?
É de quem?
Temos que ter cuidado com o telefone não desinfectado mas, fora isso, já dá para tanto, tantas histórias, tantas curiosidades...
Respondemos às questões que colocam e acrescentamos aquela informação que nem eles sabem perguntar por desconhecimento total.
Dá para por moeda!! E cartão!
Enfim, se nós, adultos, sairmos com o único objetivo de dar uma volta a pé, ao virar de cada esquina temos um final de tarde ou início da manhã (altura mais fresquinha) bem passados.
Bons passeios!
domingo, 28 de junho de 2020
As férias tão esperadas
Estarão eles ainda a pensar na escola, no estudo, nas leituras e na aquisição de conhecimento?
Claro que sim!
Eles, saiba-se, as crianças no geral.
As crianças e, no seu imaginário, todos os seus amigos dos últimos 3 meses, os brinquedos.
A realidade que chegou a nós de forma abrupta, agora custa a largar.
Como tal, estamos todos ainda um pouco à deriva sobre este final de ano letivo. Tão à deriva que já pensamos em como será o próximo...
Calma... Vamos dar tempo ao tempo. Relaxar, parar para pensar, para fazer o reset à nossa fantástica máquina que é o cérebro.
E, mas importante ainda, deixem que os mais novos também o façam.
Deixem-nos ser crianças em paz e no sossego que eles conseguem sempre ter, se os deixarmos...
Qualquer criança tem na sua natureza ser criança.
Onde os deixar agora que tenho que ir trabalhar?
Sim, os adultos têm que pensar nestas coisas... Mas pensem com calma, não à deriva... Agora para a esquerda, agora para a direita, sempre com a urgência de decidir, decidir e decidir.
Calma... Vamos dar tempo ao tempo e aproveitar que estamos todos no mesmo barco.
Uns afundam por razões económicas, outros por instabilidade mental, outros por falta de apoio familiar, outros só porque sim!
A verdade é que todos nos afundámos em alguma coisa nestes últimos meses.
Quem não se afunda? As crianças... Sabem esperar e adaptar-se ao que lhes aparece à frente. Quer seja um valente ralhete ou um caloroso abraço e muitos beijinhos.
Calma...
Se deixarmos o nosso cérebro fazer o seu trabalho, será bem feito.
Boas paragens!
sábado, 20 de junho de 2020
Maio e junho, para onde foram?
Estamos a 20 de junho e esta fotografia foi tirada a 13 de maio...
Tirei-a quando fui fazer o meu passeio higiénico para bem de uma saúde mental em boa forma.
Tirei-a porque era 13 de maio e estava a igreja fechada apenas com uma senhora à porta sozinha, a cantar as músicas que cantaria se tivesse ido à sua viagem anual a Fátima.
Entretanto, mais de um mês passou...
Para onde terá ido o resto do mês de maio e mais de metade do mês de junho, já que nada mais fiz do que estar em casa e sair se estritamente necessário?
No início desta época estranha para todos a que chamamos quarentena, ou isolamento, ou confinamento, ou outro qualquer nome, grande era a preocupação generalizada de como ocupar tanto tempo...
Agora, pergunto eu, o que ficou por fazer?
Sim, acredito que tenha ficado alguma coisa por fazer, já que o tempo passou e eu nem dei por ela...
Não houve ginásios, idas à escola, ao ATL, aos parques, às festas nem a tantas outros locais e eventos.
Mas houve trabalhos de casa, imensos! Tudo para que os mais pequenos não percam o ritmo nem os conteúdos. Daí a tal desigualdade que agora dizem existir mas que dá espaço para muito debate.
Houve tarefas diárias, imensas! Já que está toda a gente em casa, sujamos mais, comemos mais, limpamos mais, dormimos mais, enfim...
Mas houve sapatos dos mais novos que vão ser dados a qualquer instituição como novos pois o número do pé já passou e os mais novos não tiveram oportunidade de os calçar.
Houve filmes interessantes para ver e séries para pôr em dia, imensas! Já que a hora de acordar é sempre relativa e podemos esticar mais o horário.
Mas houve séries que deixaram de dar pois as gravações tiveram que parar devido ao senhor vírus.
Hoje finalmente consegui parar aqui um bocadinho com a disponibilidade mental necessária, porque é apenas disso que se trata, para deixar gravada esta fotografia de um mês de maio da minha vida.
Todo o texto que idealizei escrever naquela altura já foi, ficou por fazer...
Todos os artigos de decidi e fiz planos de escrever com algum rigor e utilidade prática ficaram apenas nos planos, talvez consiga um dia fazê-lo, quando a escola acabar...
O que pretendo dizer é que independentemente do que estejamos a passar, como e onde, a vida passa por nós, os relógios continuam a contar.
Resta-nos só e apenas viver com a segurança que estamos a fazer o melhor que sabemos e podemos, por nós e pelos outros, sem certos nem errados.
No final, as contas são entre mim e Ele, se as houver, nada mais.
Bons meses!
sexta-feira, 24 de abril de 2020
O meu filho e a telescola
Podia aqui fazer uma grande reflexão sobre o impacto da telescola nos meus filhos... Não irei fazê-lo pois até tento não pensar muito sobre o assunto.
Mas quando elas aparecem mesmo debaixo do nosso nariz, paramos para pensar ou, pelo menos, para respirar fundo, muito fundo!
Estava eu no meu computador a trabalhar, como tantos milhares de pais nesta altura, quando o meu filho mais novo, com 5 aninhos acabadinhos de fazer, vem ter comigo e diz:
- Mamã, sabes, eu estava na cozinha a ver televisão (a dita telescola) e precisei experimentar o sal e ele espalhou-se pelo chão....
- Foi? Comeste sal? Espera um bocadinho que estou mesmo acabar isto...
Passados uns minutos, ouvi a mais velha (entenda-se, tem 6 anos) a ir à cozinha (também na telescola mas do 1º e na sala) e a dizer:
- Xi! Se a mamã vê isto! Fizeste mesmo asneira! Vou varrer para ela não se chatear.
Confesso que fiquei preocupada mas pensei "Hum... Dizem que estou sempre atrás deles a controlar... Vou dar espaço, afinal, sal não é grave..."
Depois de mais uns minutos, talvez muitos minutos... Fui à cozinha e lá estava o rasto, segui-o e descobri que ele não experimentou comer sal mas sim farinha pois havia um grande caminho de farinha varrida até à caixa da farinha na despensa.
Respirei quinhentas vezes muito fundo e pensei na telescola e nos conselhos todos que são dados neste tempo: deixem os filhos aprender as coisas da casa!
Já devo ter a lavagem cerebral feita, após 43 dias em casa com eles... Então, continuei muito calma e nada fiz, sem ser fazer com que o rasto de farinha desaparecesse de vez... Nada fiz, naquela altura...
Quando estávamos à mesa para almoçar lembrei-me das tigelas que estão na fotografia e coloquei numa farinha e noutra sal.
- Cheirem e provem um bocadinho de cada tigela e digam-me que cheiro e sabor sentem.
Eles ficaram tão quietinhos a olhar para mim de olhos esbugalhados que tive vontade de me rir às gargalhadas mas não ri, mantive-me muito séria, como se lhes fosse dar um belo raspanete.
Lá provaram, não fosse eu mudar para um discurso mais severo...
Conversamos calmamente sobre o sal e a farinha e as suas diferenças. Gabei a excelente inteligência da mais velha pois sabia que iria sobrar para ela caso eu encontrasse a cozinha cheia de farinha e repreendi ligeiramente o mais novo...
No dia a seguir, a telescola no pré-escolar oferece como desafio nada mais nada menos do que ir buscar farinha, sal e misturar com água e óleo.
Mal viu isto, o meu rapaz perguntou:
- O que é óleo, temos em casa?
Ora bem, isto é tudo muito giro mas, qualquer criança tem em si uma curiosidade enorme, gigante, por tudo o que mexe e não mexe. A única forma de satisfazer essa curiosidade é ir lá com as mãos e, grande parte das vezes, com a boca.....
Este episódio foi bom, mas tantos e tantos outros que nos deixam com os cabelos em pé!
"Deixa, é sinal que é uma criança normal..." Tento pensar eu.
Boas aventuras por aí!
quinta-feira, 23 de abril de 2020
Dia Mundial do Livro e do Leitor
Hoje, 23 de abril, assinala-se em todo o mundo o dia do Livro e do Leitor.
Felizmente, são muitos os autores que me são próximos, são muitos os meus livros preferidos, são alguns livros que já escrevi, são imensos os livros que pretendo ler, são discretos os livros que sonho escrever...
Escolhi esta fotografia para hoje pois o livro é aquele que quisermos e a cadeira espera o leitor que, ao pegar no seu livro, entra dentro da história que ele esconde e nela vive.
Dizem que esta época de isolamento social é boa para ler um ou mais livros... Qualquer altura o é!
Partilho convosco não um livro mas sim toda uma panóplia de livros disponíveis nas Bibliotecas Municipais do Porto.
Boas leituras!
terça-feira, 21 de abril de 2020
Educação Ambiental
Com o dia 22 de abril para comemorar o dia do nosso Planeta Terra, partilho aqui o Programa Virtual de Educação Ambiental da Câmara Municipal do Porto.
Um programa pensado para os amantes da natureza de qualquer idade, com rigor científico, o mais aproximado possível da realidade. Sendo de curta duração, a sua visualização é simples e convidativa.
As histórias e contos infantis são uma ótima ferramenta de aprendizagem para os mais novos. Mas a vida real também lhes deve ser apresentada. O ser humano é curioso desde que nasce, e crescer é aprender constantemente através da descoberta do mundo real.
Já que não podemos passear nesta fase do ano tão cheia de vida natural, a Primavera, temos aqui a oportunidade de ficar a conhecer o que os especialistas em ambiente têm para nos mostrar, na esperança de podermos todos voltar a passear livremente outra vez, em breve.
Boas descobertas!
sexta-feira, 10 de abril de 2020
Ponto Ja, adolescentes e jovens
sábado, 4 de abril de 2020
Covid-19 na infância
Muitos são os os vídeos, histórias, músicas e outros recursos infantis que tentam tornar mais fácil a compreensão do Covid-19 para as crianças. Alguns são partilhas simples, outros são trabalhos de excelente qualidade.
Este ouvi hoje e os meus pequenos também. Ficámos os três parados a ouvi-la pois todo o conjunto está tão simples e sereno que nos deixou colados.
Como são gestos repetitivos, à segunda vez que passou na televisão, já estávamos também a fazer os gestos.
Estamos, mesmo sendo involuntariamente, numa época em que podemos e devemos saborear tudo o que há de bom com calma.
Então, deixo convosco esta música, para ouvir em qualquer hora do dia.
Boas músicas!
quinta-feira, 26 de março de 2020
Todos na Internet, e agora?
Muitos são os conteúdos disponíveis gratuitamente.
Pouco é o tempo para que os pais supervisionem os mais novos.
Grande é o afastamento físico de pessoas que desejariam saber mais para poder navegar com segurança.
Deixo aqui hoje uma sugestão para explorarem sobre o assunto.
SeguraNet
É um site atual, com recursos disponíveis para todos.Os jogos estão adaptados às diferentes idades, sendo que quem tem menos prática com a informática, deverá começar pelos jogos de 1º ciclo, mesmo que não seja criança.
Mais do que cliques para passar o tempo, aconselho a navegações na Internet de forma segura e com conteúdo útil ao cérebro.
A sanidade mental de cada um agradece.
Boas navegações seguras!
terça-feira, 24 de março de 2020
Pontilhismo
O Pai Natal?
Sim... Mas apenas porque o Pontilhismo é um bom exemplo de atividade para fazer em contexto familiar, onde há participantes de todas as idades. Esta fotografia é do desenho do Pai Natal pois esta atividade foi feita nas férias escolares de Natal no Espaço Crescer.
Mas a imaginação é o limite.
Podem começar por explorar uma história, um tema ou apenas sugerir um concurso.
Depois, cada um utiliza apenas a pintura através de preenchimento com pontos.
No Pontilhismo os pontos devem ser os únicos no desenho. Maiores, menores, de várias cores.
A ideia é preencher com pontos o desenho já impresso ou desenhar primeiro.
Vejam os EXEMPLOS e surpreendam-se!
Boas artes!
quinta-feira, 19 de março de 2020
Biscoitos para o Pai
Penso que é uma boa opção para um belo lanche da tarde em que toda a família está por casa.
Feliz dia do Pai!
quarta-feira, 18 de março de 2020
Jogos de lógica cheios de pó!
O único senão, num dia-a-dia normal, é que demoram muito tempo, quando bem explorados.
Então, penso ser uma boa sugestão para este próximo mês. Deixo aqui apenas dois:
- construir puzzles - a complexidade está relacionada com o número de peças. Quanto mais idade tiverem os utilizadores, maior o número de peças. No entanto, para quem não está habituado a fazer puzzles e pretende começar, sugiro que inicie com puzzles pequenos, 50 ou 100 peças. Depois de se sentir confortável, comece a aumentar o número de peças. Ou seja, não está tão relacionado com o idade mas com a experiência em fazer puzzles.
- jogar xadrez - há muitos sites de aprendizagem das regras do xadrez. Pode ser jogado online ou num tabuleiro, se já o tiver em casa. Se estiver sozinho em casa, pode jogar online com outros utilizadores. Se tem companhia, pode fazê-lo até com os mais novos. Atenção que eles são bastante perspicazes e rapidamente passam de jogador principiante para especialistas em qualquer jogo!
Muitos são os jogos deste género e todos temos em casa, numa qualquer gaveta ou armário esquecidos.
É uma boa altura de lhes tirar o pó.
Não é de admirar se as capacidades não estiverem tão boas como pensávamos. Neste caso, o difícil é começar, depois a mente é ativada e todas as capacidades começam a ser desenvolvidas gradualmente.
Bons jogos!
terça-feira, 17 de março de 2020
A vida de... - Escrita Criativa
A escrita e a criação de histórias abre janelas para a nossa mente crescer e desenvolver-se, em qualquer idade. A complexidade das histórias não é para ser avaliada, até porque cada um dá o seu próprio valor à mesma.
Sugiro os seguintes passos que podem ser adaptados aos participantes ou a quem faz individualmente:
1º - Reunir objetos do interesse dos participantes e pedir para escolherem apenas um cada um.
2º - Explicamos que a ideia é cada um inventar uma história, podendo ser passado, presente ou futuro, para o seu objeto.
3º - Damos um certo tempo, que é maior quanto mais velhos forem os participantes, para que cada um invente a sua história. Quem não sabe escrever faz desenhos e cria apenas na sua mente. Quem sabe escrever escreve toda a história.
4º - Após todos terminarem, até pode ser noutra altura do dia, cada um apresenta a sua história da maneira como pretender e achar melhor.
Boas escritas!
segunda-feira, 16 de março de 2020
Quadro de massas
domingo, 15 de março de 2020
Passeio fotográfico
Bons passeios!