Neste caso, elejo os legos como objetos espelho da mente.
Em tempo de dias a fio em casa, privados do convívio com os colegas e dos ensinamentos da professora, é um resultado como o da figura que nos surpreende.
Surpreendente é ainda mais se "perdermos" 10 minutos a ouvir a explicação da construção.
Então, aqui temos uma escola. Hum... Suspeito...
Nesta escola os alunos vão de autocarro e cada um pode levar um animal consigo. Tanto os autocarros como os animais ficam no rés do chão.
No primeiro andar os alunos têm as prateleiras para guardarem o seu material e no segundo andar o grupinho reúne-se para ouvir a professora e com ela conversar.
No último andar há uma casa de banho.
Tendo em conta que as escolas não são na vertical, é interessante perceber a capacidade de resolução de um problema visto que as peças de lego não têm placas suficientes para conseguir colocar a escola na horizontal, como na realidade é.
Mas, o assustador disto é que toda esta complexidade estava na cabeça de uma criança que não tinha nada para fazer e o brinquedo que escolheu foram os legos.
Deixo a dica para deixarem os materiais disponíveis e dizerem apenas "Hoje tens todo o tempo para brincares ao que quiseres no teu quarto."
Depois é deixar fluir.
No final, mesmo que o quarto esteja virado de pernas para o ar, não deverá haver grandes ralhetes pois o quarto é da criança. Sim, deve estar arrumado, mas no final de tudo e, numa fase inicial, com a ajuda do adulto para a criança saber como se arruma. Cada dia que passa custará menos a arrumar.
As construções podem ficar montadas. São construções, fruto da brincadeira, não uma desarrumação. A seu tempo a própria criança irá descontruir e voltar a construir ou, pura e simplesmente, arrumar.
Bons tempos livres!
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