quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Bruxas e abóboras


Na idade do faz de conta, tanto hoje como há mil anos atrás, o importante é deixar a imaginação ganhar o seu espaço e, quanto mais melhor, mas com os pés bem fixos no que é a realidade e no que não é.
Viver constantemente no mundo da fantasia deixa de ser benéfico, quando começa a atrapalhar o desempenho de tarefas reais do dia a dia e o assumir de responsabilidades de cada um.

Poderia estar aqui apenas a falar apenas das crianças, que são demasiado distraídas e que rapidamente são rotuladas com défice de atenção, hiperatividade, e outros nomes mais que se arranjam para justificar um comportamento não desejado pelos adultos.

Mas estou a falar também dos adultos que, ao viverem na sua própria realidade, utópica por vezes, deixam de dar atenção ao que é a realidade, às pessoas que estão à sua volta, aos acontecimentos e oportunidades que se vão cruzando na sua história. E depois ouvimos "Tenho tanto azar, tudo me acontece de mau..."

Será? Ou será défice de atenção?

Desculpem-me a frontalidade mas, em Dia das Bruxas aproveito a deixa.😏

Entretanto, fica a história da minha voz para este Halloween:

Era uma vez, uma abóbora pequenina que vivia na horta de uma assustadora casa que pertencia a uma malvada bruxa.
Sempre que a bruxa queria fazer uma sopa, não escolhia aquela abóbora e ela sentia-se muito triste por isso, pensando que ninguém a queria e que tinha muito azar na vida.
Anos passaram e a abóbora reparou que estava cada vez maior.
Um dia, a bruxa foi ter com ela e, ao contrário do que fazia com as outras abóboras, deixou-a ficar no mesmo sítio e começou a tratar dela. No final, a abóbora sentiu-se muito bem e... assustadora!
A bruxa tinha feito um belo trabalho ao esculpir uma cara malvada e colocado uma luz arrepiante no seu interior.
"Agora sim!" disse a bruxa, "Todos vão saber quem é a bruxa mais poderosa de todas, com esta abóbora assustadora!"
E assim foi, esse ano a abóbora sentia-se especial. Tinha valido a pena esperar pelo seu momento fazendo o que de melhor sabia: crescer na melhor forma.

Bom Dia das Bruxas!


terça-feira, 23 de outubro de 2018

Contador de histórias


Era uma vez, uma casa que tinha histórias, uma cabeça que tinha pensamentos irrequietos, uma mão que sonhava ser artista, uma boca que desejava contar ao mundo tudo o que até ela chegou.

O storytelling é uma forma de dar a conhecer aos outros as ideias que pretendemos partilhar. Em qualquer contexto, em qualquer idade.

Somos sonhadores? Sim...
Porque não?
Somos infantis? Gostamos de ser, pois a infância recorda-nos a inocência, a humildade e o desejo de saber mais para conseguirmos continuar a progredir no nosso caminho.

Muitos são os fantásticos exemplos que, nos dias de corre-corre de hoje, conseguem fazer bem e bonito e, ainda por cima, partilham com o mundo.

Temos o prazer de conhecer a Maria Helena Matos, com bastante experiência, criadora de As Viagens da Helena, onde nos presenteia com testemunhos e um programa que faz a diferença.

Acabadinha de estrear, Mafalda Moreira, também investe em si e dá o melhor de si mesma aos outros nas formações de Inteligência Emocional e no seu site, O Melhor de Mim 365. Terá um percuso maravilhoso pois o que faz são maravilhas.

A Teresa Guimarães, escritora e contadora de histórias, também deixou tudo o que conhecia como seguro e estável para apostar naquilo que tem de melhor em si. E foi uma boa aposta! Podemos conhecer as animações e trabalhos que vai fazendo na sua página Teresa Guimarães.

Mais próximo de mim, temos as partilhas e trabalhos realizados pelos mais novos do Espaço Crescer Centro de Estudos, informação que coloco na página Crescer com Histórias e no canal Espaço Crescer (aqui temos outros filmes, não só Stoytelling).
Para estes trabalhos contribuiram muitas crianças e adolescentes, também a artista Bárbara Andrez, e a sénior mais ativa que conheço, Isabel Barra.
Com estas dinâmicas, conseguimos desenvolver a criatividade e espontaniedade, tão úteis para a resolução de problemas do dia-a-dia e também escolares.

Muito obrigado a todos por partilharem o melhor de vocês.

O Storytelling tira-nos da nuvem escura que por vezes insiste em permanecer em nós.
Desperta o que de melhor temos e mostra ao mundo o bom que é sermos nós próprios, dando o real valor ao que sabemos fazer.

Boas histórias!



quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Terapias, para quê?


Porque precisamos?
Porque está na moda?
Porque somos consumidores de tudo, incluindo de serviços?

Mas, porque não?

São modernices... No tempo em que eu era criança levava o respetivo corretivo com as caras assustadoras dos adultos que me acompanhavam e consegui chegar até aqui.
Entretanto, o ser humano evoluiu, como em toda a sua história e como é natural do ser humano que se considere como tal.
Com ele evoluiram as teorias e as práticas em todas as áreas e domínios.

Tal como dizem nos média "Humaniza-te!"

É preciso vir a tecnologia de ponta (mesmo que a ponta mude quase todos os dias), para nos dizer que ainda somos pessoas e que pensamos e evoluímos sobre tudo, incluindo a pedagogia, as múltiplas inteligências e... as terapias?

Com isto não pretendo afirmar que todos devemos ser acompanhados por técnicos de saúde mental continuamente.
Afirmo sim que não há necessidade de temê-los...

O que vejo todos os dias, desde as pessoas sem escolaridade até às pessoas mais habilitadas é que há uma desconfiança constante dos profissionais que trabalham a saúde mental.

Há tantos bons exemplos bastante interessantes e com profissionais de confiança! É só pesquisar, conversar, pedir opiniões, experimentar...
Sempre que há alguma dúvida, não há mal nenhum em perguntar. Há até quem defenda que saber perguntar é o maior indicador do desenvolvimento da inteligência.

Destaco aqui a Yellow Road, da qual conheço alguns profissionais que demonstram um grande profissionalismo, apresentando um conceito diferente de acompanhamento e com metodologias diferenciadoras.
Destaco também o Espaço Crescer, do qual sou gestora, onde apostamos apenas em profissionais que demonstram uma mais valia e se disponibilizam para rastreios periódicos gratuitos ao alcance de qualquer um e sem obrigatoriedade alguma.

Como estes dois exemplos, há bastantes profissionais prontos a ajudar em qualquer idade, qualquer problema ou dúvida existente.

Terapias, para quê?

Para que não caiamos num buraco do qual é muito mais difícil sair e depois não nos ouvirmos perguntar "Onde é que eu errei? Fiz tudo bem...".
Às vezes o que é preciso é apenas parar para ouvir e ver com olhos de ver, mesmo que, seria o ideal, não fosse nada de preocupante.

Boas terapias!