Na idade do faz de conta, tanto hoje como há mil anos atrás, o importante é deixar a imaginação ganhar o seu espaço e, quanto mais melhor, mas com os pés bem fixos no que é a realidade e no que não é.
Viver constantemente no mundo da fantasia deixa de ser benéfico, quando começa a atrapalhar o desempenho de tarefas reais do dia a dia e o assumir de responsabilidades de cada um.
Poderia estar aqui apenas a falar apenas das crianças, que são demasiado distraídas e que rapidamente são rotuladas com défice de atenção, hiperatividade, e outros nomes mais que se arranjam para justificar um comportamento não desejado pelos adultos.
Mas estou a falar também dos adultos que, ao viverem na sua própria realidade, utópica por vezes, deixam de dar atenção ao que é a realidade, às pessoas que estão à sua volta, aos acontecimentos e oportunidades que se vão cruzando na sua história. E depois ouvimos "Tenho tanto azar, tudo me acontece de mau..."
Será? Ou será défice de atenção?
Desculpem-me a frontalidade mas, em Dia das Bruxas aproveito a deixa.😏
Entretanto, fica a história da minha voz para este Halloween:
Era uma vez, uma abóbora pequenina que vivia na horta de uma assustadora casa que pertencia a uma malvada bruxa.
Sempre que a bruxa queria fazer uma sopa, não escolhia aquela abóbora e ela sentia-se muito triste por isso, pensando que ninguém a queria e que tinha muito azar na vida.
Anos passaram e a abóbora reparou que estava cada vez maior.
Um dia, a bruxa foi ter com ela e, ao contrário do que fazia com as outras abóboras, deixou-a ficar no mesmo sítio e começou a tratar dela. No final, a abóbora sentiu-se muito bem e... assustadora!
A bruxa tinha feito um belo trabalho ao esculpir uma cara malvada e colocado uma luz arrepiante no seu interior.
"Agora sim!" disse a bruxa, "Todos vão saber quem é a bruxa mais poderosa de todas, com esta abóbora assustadora!"
E assim foi, esse ano a abóbora sentia-se especial. Tinha valido a pena esperar pelo seu momento fazendo o que de melhor sabia: crescer na melhor forma.
Bom Dia das Bruxas!
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