"O manual de Matemática traz dinheiro a fingir, mas é igualzinho ao verdadeiro!"
A brincadeira de uma tarde de férias por casa pode ser a aplicar os conhecimentos adquiridos durante o tempo letivo. O importante é brincar sem grandes exigências e expetativas. Naturalmente as coisas acontecem.
Apesar do 3º período ter sido à distância, alguns professores conseguiram transmitir conhecimentos, despertar interesse nos alunos, levá-los à prática e ainda brincar com eles.
Dou os parabéns à Professora que sugeriu brincar às compras para melhor conhecerem o dinheiro e conseguirem fazer cálculos cada vez mais complicados com ele. Na sessão síncrona que foi dinamizada por esta Professora, a mesma deixou esta sugestão. Como as sugestões da Professora são como regras, o dinheiro passou a fazer parte do rol de brincadeiras cá em casa.
Então, nada melhor do que ir à caixa dos brinquedos e inventar lojas. Se houver adultos disponíveis, o ideal é colocar os preços o mais aproximado da realidade possível.
No meu caso, optei pela realidade de Lichinga (em Moçambique) onde as vendedoras me vendiam as frutas e legumes pelo lugar ou peça e não pelo peso. Se assim não fosse, teria que abordar conceitos como peso e ainda não o posso fazer. Depende muito da idade de quem está a brincar. Se forem mais velhos, podemos pesar numa balança a sério e fazer os cálculos mentais, por escrito ou calculadora.
Se as crianças forem muito novas, numa fase inicial é melhor serem cálculos bastante simples de modo a cativar e não levar à desmotivação.
À medida que vai ficando mais fácil, de semana para semana, o adulto pode ir colocando preços com decimais, por exemplo, 1,5€ e posteriormente 2,75€.
É importante não esquecer que os mais novos não sabem, pura e simplesmente, fazer cálculos com vírgulas. Para além de que a noção de cêntimos e euro não é espontânea e, para alguns, é bastante complicado de entender. O dinheiro é ensinado antes do cálculo com casas decimais.
Se houver irmãos mais novos, a sugestão é dar tarefas diferentes da contagem de dinheiro e cálculos dos trocos, pois rapidamente a brincadeira pode passar a ser um momento sério de frustração visto ainda não terem o desenvolvimento cognitivo para dar resposta à dificuldade implícita.
Neste tipo de brincadeiras as crianças aprendem o dinheiro mas também aprendem a linguagem corrente de boa educação "Boa tarde", "Desculpe, pode ajudar-me.", "Pode dizer-me quanto custa?", ...
É um desafio fantástico! E se quisermos, podemos fazê-lo em inglês, ou noutra língua que o adulto domine. É no brincar que aprendemos mais, principalmente as crianças.
Porquê?
Porque somos motivados a descobrir, arriscar sem medo de erro, dar espaço à imaginação e criatividade. O cérebro é livre e cresce, voa.
Boas brincadeiras!
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