Com a actualização constante das novas tecnologias, o aparecimento de novas ferramentas e o interesse dos alunos de hoje tão diferentes dos alunos de ontem, é necessário que o professor se sinta bem neste novo contexto, se sinta capaz de continuar com a sua missão num contexto de aprendizagem online.
Para isso, Terry Anderson escreve sobre o papel do professor, agora também muito focado como tutor, neste tipo de contexto e levanta a problemática de como conceber e organizar este contexto de aprendizagem online.
Neste contexto, online, a presença do professor passa por criar e manter o conteúdo, podendo trabalhar sozinho ou com o tutor. Como é online, existe a possibilidade de flexibilizar e rever o conteúdo no próprio local, podendo prosseguir no decorrer do curso.
A Internet, com os recursos educativos e conteúdos aí disponíveis, apoia e oferece diversas formas de interacção, permitindo negociação de conteúdos e actividades. A autonomia de todos os participantes é aumentada, bem como o controlo.
Os custos que são gerados por esta flexibilidade, podem ser previstos pelo professor que se diz eficaz, prevendo as negociações que tendem a satisfazer as necessidades únicas de aprendizagem.
Estes custos podem ser minimizados pelos repositórios multimédia existentes online. Assim, reutilizam-se “objectos de aprendizagem”, sendo o papel do professor criar ou recriar a partir do que já existe, vinculando a presença do professor.
O professor deve motivar, podendo recorrer a vários estilos, como por exemplo, o estilo conversacional (Holmeberg, 1998, citado por Anderson, 2004), onde o professor personaliza a conversa e o aluno consegue identificar-se com o que foi exposto. Em simultâneo, os alunos devem ter consciência que essa motivação é útil.
Orientar e apoiar a aprendizagem é também o papel do professor, devendo estabelecer prazos tanto para actividades de grupo como para o trabalho individual. Verifica-se que o ritmo próprio de aprendizagem prevalece, mas a estrutura temporal não deixa de existir.
Ser capaz de construir (ou levar a) uma comunidade que explora conteúdos, fornecer formas frequentes e diversificadas de avaliação formativa, são também aspectos que se alteram neste contexto. Com diferentes práticas e formas de trabalhar o conteúdo, a avaliação é mais subjectiva e tem em conta todo o contexto.
Deve conceber actividades para estudo independente. Desta forma, e em simultâneo, responderá às necessidades de todos.
Estas novas formas mudarão o papel da concepção de professor, desde a definição de conteúdos, personalização, aplicação e contextualização das sequências de aprendizagem.
Anderson, tem em conta que a presença de ensino, do professor, está associada e é influenciadora da concepção e organização de contextos de aprendizagem online. Deve esta presença ser repensada e posta em prática para que estes contextos se tornem verdadeiros ambientes virtuais de aprendizagem.
Bibliografia - Anderson, T.(2004) - O Processo de Ensino num Contexto de Aprendizagem Online (fornecido pela UC “Educação e Internet”, online)
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