quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Refletindo...

Um dia parei para ver os jovens de Lichinga num momento de lazer e tentar perceber o que esperam que nós façamos para os ajudar num futuro melhor.
Fiquei num estado de tristeza que quase me desarmou...
Apercebi-me que poucas são as perspetivas e opções de vida.
Eles próprios têm na sua cultura uma forma de estar que é bastante diferente do que eu conhecia.
Sabemos o passado de Moçambique, sabemos que mereciam mais, mas o que será esse mais para eles?
Seria importante perceber se precisam de ajuda económica, como até aqui tem havido, ou se precisam de ajuda na educação, como também tem havido. Talvez ajuda a nível de prevenção das várias áreas: saúde, alimentação, trabalho, ecónomia, etc...
Ao conhecer o 3º mundo, percebo porque se chama assim.
Como dizem as minhas colegas, e tentando não refletir demais para não afundar o coração, fazemos o que podemos nestes 5 meses e meio, deixando portas abertas e uma história curta de felicidade aos meninos e meninas que connosco se cruzaram.
Como um jovem de cá me disse ontem: "andar descalço não faz confusão pois a pobreza é uma realidade que todos conhecem e sabem que existe".
Podiam estar melhor, digo eu, mas ele responde "melhor em quê?"
Esta pergunta deixou-me desarmada, pois eu estou a ver Lichinga com os meus olhos, os olhos da Europa, e não os olhos de quem sempre cá viveu.
Paciência e muito carinho, é o que deixarei cá!

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