Há pessoas e pessoa e Pessoa
Há mulheres e mulheres e SofiaHá ecos e ecos e Eco
Há gente que nos deixa no beco
Há gente que nos traz alegria
E há gente pueril que quando fala entoa!
Há cinco descritivos "existir" na estrofe acima
Há três descritivos "existir" na estrofe abaixo
Há mais este "existir" nesta linha
Há portanto, com este, quatro
E há gente que se não existisse até convinha!
Há ruelas e caminhos bem escondidinhos
Há projectos, leis e pergaminhos
Há salsa, coentros e cominhos
E há gente sábia que quando pergunta
Deixa a outra gente atadinhos!
Há fogo, água, ar e terra
Há monte, vale e serra
E há gente indiferente que não soubera
Poupar venenos a tão malograda atmosfera.
Há de tudo e em quantidades gigantescas
E há gente que felizmente
Permanecerá sempre a ser burlesca!
E há gente com visão dantesca
Vivaz e nada indulgente.
Enfim há gente...!
Poema de Carlos A. C. Monteiro, no seu livro Devaneios da Razão (2009:29) da hmeditora
Este poema foi escrito por um amigo meu de longa data, daqueles que só é amigo porque um dia o fomos e não porque me cruzo com ele sempre que quero.
Faz-nos reflectir sobre as pessoas, o que fazem e as marcas que deixam em nós.
Não tenhamos medo de ser aquilo que somos, porque todos os dias somos invadidos por gente sem medo dos danos que nos podem fazer.
O livrinho que nos presenteia com este e mais poemas está disponível no site da editora (podem clicar na palavra editora e serão encaminhados).
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