segunda-feira, 8 de julho de 2019

Dias que deixam saudades


Sim, há dias que deixam saudades por serem dias em que acontecem situações únicas que sabemos que nunca mais voltaremos a viver.
Ir 5 meses para Lichinga foram muitos desses dias. TODOS esses dias.
Deixam saudades pois sou fã de coisas novas, de descobertas, do desconhecido.
Este fanatismo traz-me dissabores constantes, hoje.
Lá não... Era tudo tão fácil e simples...
Naqueles dias ninguém me chamava de louca por arriscar ou fazer.
Faz-se e pronto.
Se calhar nasci no local errado à hora errada...
Há dias assim, que deixam saudades.
Mas a realidade não deixa de existir e de ser vivida só porque temos saudades de outras alturas melhores ou diferentes.
Ainda hoje me perguntaram porque não segui uma carreira mais estável, que tive mesmo à minha frente.
Porque não é o meu EU. Realização para mim não é ter 100€ em vez de 5€. É estar consciente que a minha mente está feliz, como se vivesse alguém dentro de mim que eu preciso deixar feliz.
Serei esquizofrénica?
É mais fácil quando o nosso agregado somos apenas nós mesmos. Quando temos descendentes a coisa complica, mas mesmo assim faz-se.
Ou serei eu egoísta?
Estabilidade é sentir-me bem com o que faço, com quem faço, onde faço e como o faço, acreditando que é isso o melhor para mim, para quem me rodeia e para o mundo, a longo prazo.
Se quero salvar o mundo?
Sim, claro! Não sei bem de quê ainda mas... quem não quer super-herói?
Acredito no que Baden Powell escreveu como mensagem: "Procurai deixar o mundo um pouco melhor do que o encontraste." E eu acrescento: pois só assim há razão de existir.

Eu fui lá, ao extremo de mim e gostei: ao Lago Niassa.

Bons extremos!


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