Foi também adiantado que a desmaterialização das provas de 9º ano são já este ano letivo, 2023/24, respondendo assim ao novo Modelo de Atenção Cognitiva, tendo nós que conseguir andaimar a recuperação das aprendizagens, conciliando a passagem para o digital com ou sem condições físicas na escola e seguindo as indicações da Tutela. Claro está que esta parte revolta-me um pouco pois é sempre o outro que dá ordens e nós temos que seguir, mas também criticamos, e fazer mudanças efetivas acabamos por não fazer.
Ana Granja vai mais longe e refere que a pressão da preparação para os exames está a ser utilizada como desculpa para não mudar, continuando a maioria a pensar que avaliar é sinónimo de classificar, mas não é.
O foco da avaliação é melhorar as aprendizagens, não é classificar e seriar.
Há classificações? Claro, para seriar em concursos. Mas como sabemos que atingimos determinada classificação? Através da avaliação contínua.
Laurinda Fernandes deu-me uma visão romântica do que é ser professor. O ideal, arrisco-me a dizer, que poucos conseguem atingir.
Professora de carreira há muitos anos, considera o professor como maestro que orienta os músicos, mantendo-os a seguir uma pauta, mas são os músicos que interpretam a música. A pauta é o currículo, sendo o professor o elo de ligação entre o currículo prescrito e as aprendizagens dos alunos.
Esta professora de ensino secundário vai mais longe e cria cenários de aprendizagem que são negociados com os alunos e revisitados vezes sem conta por eles para perceberem se estão a cumprir com o esperado, como um instrumento de trabalho e não um guião que o professor segue.
A avaliação é escrita por rubricas em conjunto, debatida e alvo de reflexão, pensado sempre no que correu mal e no que se pode fazer para melhorar.
A professora termina referindo: "Avaliação não é parra passar rasteira aos alunos, é para estar com o coração e dar o juízo de valor ao aluno."
A Cidadania para o desenvolvimento foi relembrada pela Professora Rosa Amaral como estratégia nacional, sendo os desafios atuais a construção, a partilha e a reflexão, a dimensão ética e a preocupação com o Outro.
A professora resume esta época em três preocupações:
- de utilizadores a produtores
- da transformação digital (o que não significa que temos todos de utilizar apenas isso)
- do digital às tendências de proibição (o telemóvel como ferramenta e não como "algo a abater")
A Intuitivo entra assim no dia a dia da escola, ou pelo menos pretende, como uma forma de operacionalizar a intencionalidade da aprendizagem e o papel ativo dos alunos. Como plataforma igual para todos, a ideia seria descentralizar a individualidade e problemas de cada casa ou escola e passar a ter uma visão global, onde é possível seguirmos um padrão de avaliação criando equidade, melhorar o que temos e contribuir para essa melhoria.
Por aqui vou experimentando, já com um teste aplicado, corrigido nessa mesma aula, avaliação refletida e classificação obtida em conjunto com os alunos.
Será que corre sempre bem? Penso que dependerá da turma, da qualidade da Internet e outros aspetos.
Vamos experimentado, avaliando e melhorando.
Boas avaliações!
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