O jornal "Público", no dia 2 deste mês, publicou 3 artigos sobre o mesmo assunto: um sobre dados estatísticos e conclusões, um editorial, e por último a opinião de Pedro Lomba, um Jurísta.
No primeiro, são feitas comparações que no meu ver são mal feitas, pois esquecem-se de considerar que o ensino privado tem uma imagem a manter e que se traduz num negócio, e o ensino público nem por isso. Está escrito de forma a pensarmos que estamos perante uma competição, quando já existem vários documentos que afirmam que o estado deve ter a função de regular, sendo favorável a criação de mais privados.
Não percebo qual é o objectivo desta comparação... Será desvalorizar mais uma vez o governo, apenas para ter assunto para escrever, ou outra razão?
O final do editorial, segundo artigo, é o seguinte "O desiquilibrio de qualidade que enfrentamos hoje entre o ensino público e o privado não é bom para a democracia. Nem para a liberdade." Mais uma vez, não percebo a intenção...
Para finalizarem em grande, escolheram o Jurísta Pedro Lomba para comentar este assunto num tópico de nome "Assuntos temporários". Ora, por este título só posso dizer que realmente não sabem do que se trata a educação... "Assuntos temporários"? Este autor refere que a educação tem 3 mitos: uniformização, igualitarismo e irresponsabilidade... Refere vários aspectos que demonstram que o estudo sobre este assunto não foi suficiente (se calhar é por isso que o chamam de assunto temporário).
Um exemplo é a afirmação de que os projectos educativos dependem do ministério. Será que este autor já ouviu falar de projecto curricular de turma, de escola, e dos outros projectos que existem?
Preocupa-me que a opinião mal fundamentada seja considerada uma opinião passível de ser divulgada. Claro que estamos na democracia... Ou terá outro nome? Talvez "Assunto temporário"!
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