Para saber que existe um Museu Etnográfico em Lichinga foi preciso ver as notícias do Niassa, que dá todos os dias às 18h na TVM.
Mas valeu a pena, ainda para mais porque levámos os 37 alunos connosco, que nunca tinham ouvido a palavra "museu".
Tendo em conta que estão a iniciar agora o investimento na cultura e turismo na província do Niassa, conseguiram reunir algum material para pôr em exposição e são representados por um professor de história local que gosta do que faz. É meio caminho para o sucesso.
Do que se orgulham? Logo à entrada temos o Samora Machel, grande responsável pelo fim da colonização da forma como foi, sendo evidenciado apenas os instrumentos da opressão colonial, como os que estão na fotografia.
Orgulham-se também dos trajes tradicionais feitos de casca de árvore que são realmente interessantes.
O massacre de Mueda, que nem sequer é desta província, também está em lugar de destaque, num mesmo cartaz alusivo ao dia 16 de Junho, dia do massacre em Mueda, dia dos meticais (moeda de cá) e dia da criança moçambicana.
Quando perguntei "têm dia da criança moçambicana?" o professor de história apressou-se em explicar que já estão a construir outro cartaz com os dias festivos separados. Foi evidente a opinião dele sobre a mistura da criança com o tema do massacre.
O monumento que se vê na fotografia está por cima do museu e na praça que se chama "Heróis Moçambicanos", bem como o monumento.
Aqui é prestada uma grande homenagem aos combatentes contra os ex-colonos, brancos.
Passados 30 anos este local é visitado por uma turma da 2ª Classe de alunos moçambicanos, uma auxiliar moçambicana e uma professora branca (como eles dizem).
É irónico, não é?
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