segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Crescer viajando



A vida, mais ou menos autónoma, começa quando cortamos o cordão umbilical.
A vontade de conhecer o mundo já nasce connosco e aumenta à medida que a nossa mobilidade aumenta. Acredito mesmo que o desenvolvimento dos nossos movimentos aconteça pela vontade de conhecer tudo o que nos rodeia. Quando conhecemos uma página reparamos que há outras a seguir e continuamos a desenvolver-nos e a crescer física e intelectualmente.
Viajar é quase sempre o passatempo de eleição, muito embora se associe a sua viabilidade à capacidade financeira.
Para mim isto é uma ilusão.
Podemos viajar de múltiplas formas: de carro, auto-caravana, transportes públicos, a pé, ...
Podemos dormir em tantos ou mais lugares: hotéis, tendas, resorts, parques de campismo, estação de comboios, ...
Os nossos destinos podem ser infinitos: a km de distância, no nosso país, noutro continente, ao virar da esquina, ...
As pessoas que se cruzam connosco nestas viagens são tantas como tudo o resto: chineses, portugueses, indianos, ...
A forma como lidamos com estas experiências são ainda mais, multiplicadas por todas estas características, associadas à nossa forma de ser: foi bom mas chega, para o ano há mais, sempre que posso dou uma fugida, as pessoas eram fantásticas, os habitantes daquele local eram tão diferentes, ...
O que é certo é que toda e qualquer experiência fora da nossa zona de conforto nos faz crescer por dentro e só quem não está atento é que não repara nisso, por mais que queiramos esconder.
Escrever sobre isso é uma das formas de tomarmos consciência deste crescimento, tornando-o útil e tornando a experiência ainda mais enriquecedora.
Ler sobre as experiências dos outros não é sonhar nem viver por eles, é ouvi-los, é receber essa partilha ajudando a que elas se tornem ainda mais ricas.
Há vários escritores de viagens e memórias, é só experimentar ler e escolher o tipo de escrita que mais se adequa à nossa leitura.

Por enquanto sugiro:
- A Estrada da Revolução de Tiago Carrasco
- Titia amanhã não vou vir de Sónia Abrantes
- Vem Só de Rudolfo Valente (lançamento no final de agosto)

Estas sugestões são para férias e para os 5 minutos de pausa diária que todos deveríamos ter para que o dia corresse melhor. E, porque não, viajar?

Boas leituras!

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