quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Uma questão de perspetiva


Sempre gostei da mente humana.
Adoro a curiosidade da mente de um bebé.
Mais ainda a criatividade da mente de uma criança.
Deixa-me curiosa, MUITO curiosa, a mente de um adolescente.
Fico em suspense com a mente de um jovem.
Por vezes deixa-me perplexa a mente de um adulto.
A mente de um idoso, essa... Deixa-me na esperança de que os pensamentos ainda os façam sonhar e viver em pleno.
Neste Natal a minha carta ao Pai Natal é simples: 
Querido Pai Natal,
 Para este Natal gostaria que as pessoas conseguissem ser elas próprias sem ferirem a individualidade do Outro, alcançando cada uma o seu sucesso nunca deixando de ser quem são.

E é isto, apenas uma questão de perspetiva.

Boas festas!
 

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Magia dos legos

 


Se queremos saber ou, pelo menos, tentar perceber o que vai na cabeça de uma criança basta dar-lhe tempo livre e algo disponível para ela.

Neste caso, elejo os legos como objetos espelho da mente.

Em tempo de dias a fio em casa, privados do convívio com os colegas e dos ensinamentos da professora, é um resultado como o da figura que nos surpreende.

Surpreendente é ainda mais se "perdermos" 10 minutos a ouvir a explicação da construção.

Então, aqui temos uma escola. Hum... Suspeito...

Nesta escola os alunos vão de autocarro e cada um pode levar um animal consigo. Tanto os autocarros como os animais ficam no rés do chão.

No primeiro andar os alunos têm as prateleiras para guardarem o seu material e no segundo andar o grupinho reúne-se para ouvir a professora e com ela conversar.

No último andar há uma casa de banho.

Tendo em conta que as escolas não são na vertical, é interessante perceber a capacidade de resolução de um problema visto que as peças de lego não têm placas suficientes para conseguir colocar a escola na horizontal, como na realidade é.

Mas, o assustador disto é que toda esta complexidade estava na cabeça de uma criança que não tinha nada para fazer e o brinquedo que escolheu foram os legos.

Deixo a dica para deixarem os materiais disponíveis e dizerem apenas "Hoje tens todo o tempo para brincares ao que quiseres no teu quarto."

Depois é deixar fluir.

No final, mesmo que o quarto esteja virado de pernas para o ar, não deverá haver grandes ralhetes pois o quarto é da criança. Sim, deve estar arrumado, mas no final de tudo e, numa fase inicial, com a ajuda do adulto para a criança saber como se arruma. Cada dia que passa custará menos a arrumar.

As construções podem ficar montadas. São construções, fruto da brincadeira, não uma desarrumação. A seu tempo a própria criança irá descontruir e voltar a construir ou, pura e simplesmente, arrumar.

Bons tempos livres!