domingo, 28 de janeiro de 2018

Bom e mau profssional


Ainda sobre a Super Ama, apesar de não ter visto qualquer necessidade de ler notícias sobre o assunto, deram-me a conhecer que a psicóloga que fazia parte do programa não tem filhos e é solteira.
Ora, desde esse dia, em que vários foram os que acharam nisso a lógica para o seu desempenho, que me pergunto: para sermos bons profissionais temos que ter passado por tudo o que dizemos?
A isso chama-se experiência de vida, que pode ser uma mais valia para o desempenho profissional, ou pode ser um obstáculo para uma visão mais alargada visto que as ideias podem ir fixas e pré-feitas.
Para ser médico preciso de ter tido todas as doenças que vou curar? Preciso de saber lidar com elas, ter a teoria e conseguir colocá-la em prática com eficiência quando necessário.
Para ser bom mecânico de Mercedes preciso ter um Mercedes? Preciso de perceber de mecânica e procurar informação sobre uma marca que desconheço para a manusear com eficácia.
Para ser professora preciso ter filhos, ser uma enciclopédia e ter filhos com todas as necessidades educativas especiais? Preciso saber a teoria para ter ferramentas de modo a dar resposta ao que surja, com base em cada aluno com quem vou trabalhando e saber sobre os conteúdos que vão entrando e saindo dos programas curriculares.
O que pretendo dizer com isto é que a nossa cultura, a portuguesa, evoluiria muito se deixasse de procurar culpas dos outros e começasse a pensar antes naquilo que diz e faz, com base teórica fundamentada de modo a fazer quando é preciso e com qualidade. Falar por falar é simples e não tem qualquer efeito. Ou melhor, parece ter efeitos negativos.
Com isto, não pretendo dizer que defendo a transmissão do programa.
Defendo a não utilização de argumentos pessoais para rebaixar o profissional de modo a ganhar uma batalha a qualquer custo.
Isso torna-nos pequenos...

Bom domingo!

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Espaço Crescer 2016/2017


Flyers, cartazes ou panfletos do Centro Educativo e de Formação Espaço Crescer (https://espacocrescer2012.wordpress.com/) no ano letivo 2016/2017.

Espelham a evolução e o trabalho continuo que temos feito ao longo destes anos.

A abertura de segunda loja, mesmo no centro de Ovar, em articulação com Olhos de Gato Música trouxe-nos bastantes melhorias e melhores ofertas formativas e de complemento de formação académica, profissional e pessoal.

Mais e melhores parcerias trouxeram também novos serviços - https://espacocrescer2012.wordpress.com/parcerias/.

Boa continuação de ano letivo!

domingo, 21 de janeiro de 2018

Perspetiva dos outros


Eu, como fazendo parte de "outros", assisti ao primeiro programa no domingo passado.
Fi-lo pois é a minha área de trabalho, não sendo eu psicóloga.
Fi-lo pois em conversa com pais no Centro Educativo e de Formação Espaço Crescer me referiram que iriam assistir ao programa pois têm crianças difíceis em casa e esperavam aprender muito.
Pessoalmente, chorei nos primeiros 10 minutos do programa.
Porquê? Nem sei...
Porque me chocou a forma como aquela mãe estava a falar e a agir com a filha.
Porque nem imagino o que vai na cabeça da mãe e em que estado estará a sua saúde mental para tornar público o seu desespero. Recriminá-la por isso? Hum...
Depois o meu pensamento passou para a psicóloga, apenas pensando "Está a meter-se na boca do lobo. Vai ter consequências..."
Depois, todo o desenrolar do programa é apenas a prática daquela profissional com base no seu ponto de vista, que é tão válido como outro qualquer. Recriminá-la por isso? Hum...
No dia seguinte, foi o BOOM! E o meu pensamento foi para a SIC.
Lá inteligentes e estrategas eles são... Conseguiram toda a atenção. As consequências negativas serão quase nulas, mesmo que o programa acabe rápido.
Os outros..., onde eu estou incluída, só espero que não façam vida negra à mãe, à avó e à criança. Espero mesmo que as ajudem em vez de ocuparem o seu tempo e gastarem as suas energias a apontar o dedo.
Os mais próximos delas, será que agora perceberam que algo não estava bem?
Não digo que nos metamos na vida uns dos outros mas por vezes ajuda olhar um bocado para a esquerda e para a direita e dar uma mãozinha quando necessário.
Mas, até este campo é sensível, pois a ajuda pode não ser bem vista.
O que se passa dentro das portas de casa, fica dentro dessas mesmas portas.
Eu, como fazendo porte dos outros, não irei ver novamente o programa pois nada posso fazer por aquelas pessoas. A SIC já tem audiências que chegue, também não precisa e mim. Para aprender a lidar com os meus, leio, procuro informação, recorro a profissionais em ambiente mais restrito e familiar, penso, reflito, tento, erro e relativizo.
E, 1000€, se é que foram mesmo, para que servem, no meio disto tudo?

Perspetiva dos avós


A minha filha sempre teve azar, coitadinha.
Eu sempre lhe disse como as coisas eram, mas não me deu ouvidos... O azar foi ter com ela pois ela também se põe a jeito e parece que o procura.
Já a minha neta... Se fosse eu já lhe tinha dado umas belas palmadas e isso resolvia tudo.
Entretanto, como agora sou avó, posso fazer o que não se faz com os filhos: mimá-los até mais não e alinhar nas suas mentiras. A mãe que se oriente.
Se calhar podia ajudá-la educando como se educa um filho mas afinal de contas sou avó ou não sou?
Como a minha amiga disse "Os pais educam e os avós deseducam! Ehehe!"
Mas, agora que a psicóloga cá veio e me disse aquelas coisas que nem percebi bem, vejo que a minha neta melhoraria se fosse tratada de outra forma. A minha filha, é minha filha... Tentei fazer de tudo com ela e deu nisto. Não é o programa que vai alterar alguma coisa...
E, o dinheiro é sempre bem vindo, não vá  minha filha começar a pedir-me emprestado!!

Perspetiva da criança


Olhem lá, o que foi a mamã arranjar.
Vai ser divertido e vou ficar famosa, como uma princesa.
(Sim, poderá ser isso que a criança pensa.)
Estavamos bem e agora vem mais uma psicóloga dizer-me o que fazer e não fazer, como se eu não soubesse.
Mas tudo bem, alinho nesta brincadeira.
Mas, afinal, não era uma brincadeira... Tem mesmo regras, como na escola. É até melhor, pois dão-me recompensas. Boa!
A avó é que parece não gostar... Mas a mamã já me liga mais e parece estar preocupada comigo, finalmente!
A psicóloga está a tratar do problema que a mamã tem. Tem muitas dificuldades em saber falar comigo e não consegue fazer tudo sozinha. Os outros meninos têm o pai e a mãe. Têm sorte!
Quer dizer, agora que a minha mãe está a aprender que as crianças também têm regras e gostam de rotinas e de saber o que fazer, e que adoramos aprender, penso que ter um pai aqui só complicaria pois seriam dois a ralhar comigo...
Mas, agora, todos me conhecem lá na escola. E fora dela também...
A psicóloga chamou-me de tirana. Nem sei  que isso é... Mas parece mau pois todos me apontam o dedo dizendo "Tirana!"
O que vale é que foi só para fazer aquele programa para a televisão.
A seguir já podemos voltar à nossa vida normal...

Perspetiva dos pais


O que leva um pai ou uma mãe a recorrer a um programa de televisão para resolver os seus problemas com os seus filhos?
O programa que agora surgiu na televisão portuguesa refere: "A família X pediu-nos ajuda."
Ora, se pediu ajuda é porque precisa.
Na perspetiva desses pais e mães, o desespero pode ser tanto que já nem sabem o que fazer.
Optam bater, mesmo sabendo que pode ter consequências negativas.
Optam gritar, mesmo sabendo que o que ganham é apenas rouquidão.
Optam castigar, percebendo que as crianças conseguem sobreviver da mesma forma.
Optam ignorar, caindo de imediato em si pois não se ignora durante muito tempo.
Optam fazer as vontades, mas por vezes traz mais malefícios do que benefícios pois são crianças e as noções de certo e errado ainda não estão estabelecidas.
Choram, desesperados.
Optam falar de forma assertiva e dar o exemplo mas o cansaço vence.
Recorrem a familiares e amigos que afinal também não conseguem ajudar referindo até que a criança está perdida, com um problema enorme.
Recorrem a psicólogos e outros profissionais de saúde e educação, que tentam fazer o melhor mas seria sempre a longo prazo e não de resultado imediato. Para além de se pagar por estes serviços, e muito...
Então, chega a Portugal um programa em que nos pagam para levarmos o nosso caso de forma a ser resolvido, em público, mas resolvido.
Assim, sou mãe e faço tudo pelo melhor do meu filho, tudo! Até mesmo o que não devia.... Desde que resulte!
O meu desespero é tanto que não penso sequer em qualquer consequência negativa pois pior que isto é impossível.
Depois do programa no ar....
Perguntem à mãe que se tornou figura pública no domingo passado...



Super Ama


Domingo, segundo dia de apresentação do novo programa da SIC, Super Nanny.
Não irei fazer publicidade gratuita pois mais publicidade do que tem seria impossível, no meu ponto de vista.
Conseguiram o que pretendiam: chamar todas as atenções para a Sic.
Assim, hoje à noite tem a escolher nos 4 canais: Planeta Azul, Jornal 2, Super Nanny e MasterChef Júnior.
Qual irá vencer as audiências de hoje?
Escolha bem...
Eu já escolhi e não irei carregar no número 3 pois cada um deve olhar para a sua casa, e não para a dos outros.
Bom serão!

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Espaço Crescer 2015/2016


A tradição não deixa de ser tradição porque se faz uma pausa.
Assim, tal como nos anos anteriores, aqui ficam os flyers, cartazes e panfletos do Centro Educativo e de Formação Espaço Crescer (https://espacocrescer2012.wordpress.com/) de outubro de 2015 a setembro de 2016.

Neste ano letivo temos estes serviços, mais e melhores novidades.

Boas tradições!

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Começar pelo princípio


Em janeiro de 2011 cheguei a esta cidade, no norte de Moçambique. Mato, como eles dizem.


Primeiro mês do ano, altura ideal para começar uma nova experiência que me fez crescer.


Janeiro, época de analisar a bagagem que trazemos.


Aproveitamos para refazer as malas e todas as experiências que nos constroem o ser.


Este processo é solitário, não fossemos nós seres humanos e não meros animais. É isso que nos distingue.


Aceitar novas perspetivas, novas culturas, novas pessoas e formas de ser.



Embarcamos na nova viagem que é sempre o novo ano que começa, sem saber ao certo o que nos espera.


Abraçamos as novas oportunidades como se fossem as últimas e as mais valiosas.


Sabemos aceitar as ajudas e companhias que nos chegam e nos são oferecidas, mesmo sendo as mais humildes que conhecemos.



Assim, recordaremos a nossa vida como bem vivida, sendo cada dia uma pessoa cada vez melhor.

Ser Titia é isso mesmo, envolver-nos com as pessoas passando a fazer parte das histórias uns dos outros.

Bom Ano!