quarta-feira, 24 de outubro de 2012

College for International Co-operation and Development


Mais conhecido por CIDC, com mais informações no seu próprio site: http://www.cicd-volunteerinafrica.org/bem-vindo-ao-cicd.

A minha realização pessoal foi concretizada ao ir em missão de voluntariado para Lichinga, e ainda para mais felicidade, como professora.
Mas em vez de me sentir realizada, ficou a vontade de continuar a "mudar o mundo, uma vida de cada vez" (ADRA).
Uma colega minha, sabendo deste meu interesse, partilhou comigo este site, pois o voluntariado está constantemente a precisar de pessoas com vontade.
Ser voluntário é ter vontade de, mas também acarreta obrigações familiares e económicas/financeiras. Ninguém vive do ar... No máximo, vive do que a terra lhe dá!
Como tal, descobri que a divulgação destas iniciativas é também uma forma de ajudar, pois fazemos chegar a informação aos que se querem aventurar para terras distantes só com o intuito de ir para ajudar e ficar a conhecer as realidades que são tão fotografadas.
Obrigado à Paula Domingos, por ser uma voluntária de divulgação (e não só!) ;)

Boas leituras por este site que abre portas para novos caminhos!

terça-feira, 23 de outubro de 2012

O filme de Lisboa


Depois da apresentação em Lisboa, que se pode ver neste filme, graças à minha colega e amiga Margarida Moura, temos agora o privilégio de apresentá-lo em Arada, uma freguesia do concelho de Ovar.
Mais do que apresentar um livro tão importante para mim, ele está inserido nas festividades da junta de freguesia que é agora a minha casa.
Será na própria junta de freguesia, dia 10 de novembro às 18h.
A autora é a mesma do filme, a amiga da autora também, mas o editor não estará presente. Será que o presidente da junta aceita fazer parte da mesa? Espero que sim...
Se correr como a primeira apresentação, será excelente, pois senti-me muito confortável com amigos e familiares e amigos de amigos.
Obrigado a todos! Espero que tenham sentido o mesmo!

Louis Braille N.º 4


Já saiu o quarto número da revista Louis Braille, uma publicação digital, especializada na área da deficiência visual, com periodicidade trimestral, editada pela ACAPO.
Para conhecer e ler vá ao link:
Boas leituras!


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Actual

Mais um número da Newsletter da ACAPO, para ficarmos a conhecer o que se fez e o que se espera fazer nesta área.
Para conhecer basta clicar em: Newsletter
Boas leituras!

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Contar um conto


Parece fácil? Mas são anos e anos de experiência, exercício, imaginação e dádiva que nos levam ao destino que se torna caminho permanente.
Deverá levar mais alguns ingredientes mas esses eu ainda não aprendi... Afinal, o que é um Artenauta senão um indivíduo que busca sempre continuar à procura de aprender e fazer aprender?
Sábado passado, dia 13, tive a minha primeira Hora do Conto intergeracional, dinamizada por mim (ou pelo menos tentei) com um conto também escrito por mim, no Espaço Crescer, em Arada (Ovar).
A experiência foi boa e, em alguns momentos, até agradável.
Foi boa porque é mais uma experiência para me tornar aquilo que pretendo ser (entre outras coisas), pois cometi muitos erros, os quais foram de imediato falados com o público.
Foi até agradável pois, apesar da falta de dinâmica que deixei criar, as caras das pessoas que me ouviam eram de interesse, batendo palmas do final. Só não sei se foi por gostarem mesmo da história e da forma como foi contada, ou por educação e simpatia...
Eu gostei de me preparar para o grande dia em que apresentei o conto que escrevi com todo o meu ser. Adorei contá-lo e também vi que gostaram de ouvir, mas faltou algo...
Idealizei um cenário onde podessemos circular por ele conforme a fase do conto, com os personagens que iam surgindo. Idealizei envolver o público, dando a oportunidade de uma participação ativa não só pela fala mas também pelo movimento das personagens.
Sabem o que aprendi? Que quis muito para uma primeira vez...
Podia ter lido o conto como o Professor Amilcar Matins lê neste vídeo, pois fui analisar a "biblia" dos contos na noite anterior.
Podia ter feito o cenário estático para ajudar pois o livro não tem ilustrações, apenas o desenho da personagem principal.
Podia... ter feito tantas coisas mais simples, mas não... Quis fazer algo de muito especial por ser a primeira vez e por ser um conto tão especial com o primeiro público que por isso era tão especial também.
O que faltou? Calma e pouca ansiedade, música de fundo, disposição do público e do cenário no espaço de forma correta.
O que não faltou? Público diversificado envolvido no conto.
Pelo menos gostaram do espaço pois aí permaneceram mesmo depois do conto acabar.
E como se acaba um conto? Deu-me a ideia de que deixei a história por terminar de uma forma mais... mais com ar de final...
Para a próxima será melhor!
Bons contos!!

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Cantinho da Solidariedade


Finalmente temos um site apenas para dar a conhecer a obra fantástica que se está a realizar em Lichinga, Moçambique:
http://www.cantinhodasolidariedade.com/home
Vale a pena espreitar e ficar a conhecer o desenvolvimento de um projeto que nasceu do nada e já se tornou tanto!

Boas viagens!

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Uma semana no museu

Em agosto passado tive o privilégio de trabalhar como voluntária na Viagem Medieval de Santa Maria da Feira, como vigilante e monitora do Museu Convento dos Loios (link).
Foi uma semana muito fora da normalidade e que se tornou um experiência marcante, pois as pessoas que visitaram o museu vinham de todo o país e até de países estrangeiros, pois o protagonismo da Viagem Medieval já é muito!
Apareceram pessoas de todas as idades, desde meninos e idosos que tudo apreciavam e liam ao pormenor, até àqueles que entravam apenas na tentativa de irem à casa-de-banho e acabavam por visitar todo o museu.
Apareceram também casais na casa dos 50 anos que ao descobrirem que era um museu se recusavam em visitar porque "Ah, do museu nada me interessa!" e casais de jovens namorados que aproveitavam o museu para namorar e apreciar a história de D.Sancho II.
Famílias acompanhadas de copos de sangria (pois nesta festa pode-se andar de copo em todo o lado depois de pagar a bebida e o próprio copo), que apreciam toda a exposição demorando mais de 2 horas, nunca perdendo a atenção dos mais novos.
Havia também aqueles senhores mais velhos, que entravam sem saber o que era e iam resmungando que não tinha nada. Depois da primeira sala diziam "Eu bem disse, só isto!", mas eram encaminhados para a segunda sala. Continuavam a resmungar que era pouco mas eram encaminhados logo de seguida para o 1º piso e só aí começavam a ficar contentes mas continuavam a refilar, mesmo o museu tendo entrada gratuita.
Ainda apareciam os que resmungavam ao lhes ser oferecido um vale de desconto de entrada em muitos outros locais de cultura da Feira apenas por 1€, dizendo "Claro que se paga! Já paguei 4€ para entrar e tudo cá dentro se paga!", o que não era de todo verdade, pois a entrada do museu, por exemplo, é gratuita.
Engraçados foram aqueles que entravam já alterados por tantas bebidas alcoólicas que ingeriram, de tal forma que falavam com todos os quadros como se de amigos imaginários se tratassem. Melhor ficava ainda quando apareciam vindos de excursões com chapéus idênticos aos do boneco do Zé Povinho e também com nariz e bochechas vermelhas.
As conversas mais longas eram com visitantes da terra, que tinham conhecido o museu ainda como tribunal e elogiavam muito o trabalho feito, recordando algumas situações ali passadas.
Tentaram entrar também cães, acompanhantes de treinadores de cães para cegos e de pessoas sem qualquer dificuldade visual. A referência era sempre outros países onde é permitido os animais de estimação entrarem em qualquer lugar.
Ainda havia também aqueles que, descontentes com a situação atual do país, comentavam baixinho "É em sítios como este, museus e fundações, que o nosso dinheiro está todo enterrado." Depois de visitar todo o museu já se mostravam muito interessados, mas não contrariando o que disseram anteriormente.
Alguns visitantes com a idade mais avançada, na sala dos ofícios, diziam muito orgulhosos que os objetos que ali estão expostos já são mais modernos do que os que os pais deles utilizavam e eles ainda conheceram. Ao ponto de uma senhora da Feira, vizinha do museu, oferecer o material que tem guardado em casa, dos tempos em que os seus avós e pais tinham ofícios.
A sala do antigo tribunal era também motivo de muito falatório, sendo várias as pessoas a questionarem a qualidade da justiça de antigamente em comparação com a atual.
Os jovens centravam mais a atenção na sala que tinha ecrãs táteis com música para ouvir. Os pais e avós ficavam a olhar desconfiados para os movimentos automáticos dos dedos dos mais novos nos ecrãs e só utilizavam o aparelho depois de reforçarmos que podiam utilizar sem vigilância e acompanhamento.
Alguns gostavam tanto do que viam, associando à sua experiência de vida, valorizando o esforço do museu manter presente dados da história que deveriam ter sempre valor, oferecendo até no final 5€ para ajudar o museu a manter e melhorar ainda mais.
Histórias de namoros a começar nas peças de tecelagem, cortejos estudantis em Coimbra, apelidos de "cacos e caquinhos" a peças da pré-história.
Netos a ensinar alguns aspetos da história aos avós que não frequentaram muitos anos escolares, avós a explicarem os ofícios que já não estão na moda, professores a questionar fases da história, perguntando e debatendo.
Claro que o Acordo Ortográfico também foi tema de galhofa, pois apareceram alguns visitantes que repararam que nada no museu está escrito com o novo AO dizendo até "Está tudo cheio de erros. Sem AO não devia ser apresentado ao público." e rindo.
Sabia bem quando saiam contentes dizendo "Que engraçado... Foi preciso vir à Feira para ver um museu tão bonito" ou "Agora vão vocês a Guimarães visitar o nosso" ou "Este museu está de parabéns. Parece que concorre com o de Penafiel que está fechado pois foi considerado o melhor museu pela ONU e aguarda ordens para reabrir."
E sabia também bem quando os mais novos corrigiam situações como a mãe dizer "Olha, isto é o pinheiro!" quando via uma fotografia de um senhor a tirar cortiça da árvore, e o filho logo exclamava "Não, é o sobreiro, pois é ele que dá a cortiça."
A cortiça foi motivo de falatório para muitos visitantes, como um brasileir que me questionou  "A árvore que dá a cortiça é a corticeira?"
A conclusão a que cheguei depois desta semana a conversar com várias pessoas de diferentes idades e origens, foi que muito há a conhecer e aprender com os antepassados, com os de hoje e com os que ainda virão.
Vale a pena pesquisar o que o nosso país tem para oferecer de cultura, pois a grande maioria é de baixo custo ou gratuito. Como algumas senhoras mais idosas disseram "Moro mesmo aqui ao lado e não sabia que tinha um museu tão bonito aqui..."
Boas visitas por Portugal!