quinta-feira, 27 de maio de 2010

O emergir da economia do conhecimento em rede

Com os alunos a crescerem numa era digital de sociedade em rede, e tendo em conta que os professores devem receber formação para acompanhar esta evolução, torna-se também necessário perceber a relação existente entre a Internet e a Educação no Ensino Básico e Secundário.

Peters (2007), referido por Carvalho (2007), considera a presença de uma sociedade de conhecimento e também uma economia do conhecimento, ao longo dos tempos.

Carvalho (2007), com referência a vários autores, acrescenta a este dualismo a evolução durante várias décadas:
Nos anos 70, consideravam-se ideias de uma economia associada à rede e a possibilidade de mercado alternativo.

Nos anos 90, deram-se mudanças globais nas indústrias da informação e a liberalização das telecomunicações. O conhecimento deixou de ser apenas adquirido e transmitido, passando a ser construído e produzido. Desta forma, os detentores do conhecimento deixam de pertencer a uma elite.

Na actualidade, o conhecimento construído cresce de ano para ano, reforçando-se o desenvolvimento da capacidade de seleccionar, transformar e reutilizar em novas situações.

Com o conceito da nova geração Web, desenvolvido por Berners-Lee e World Wide Web Consortium (W3C) (2007), pretende-se criar uma forma de trocar informação a nível global, com documentos descritos e com o significado explícito, para que tenham mais visibilidade e sejam de fácil procura.

Nesse sentido, O’Reilley (2005) refere a Web 2.0 para conceptualizar esta nova geração. Uma era em que a colaboração e a partilha de informação são facilitadas pela interacção possível. Onde o software está online e não no disco rígido, bem como as redes sociais passam a ser “social bookmarking” (Bryant, 2006, por Carvalho, 2007).

A autora acrescenta a Tecnologia RSS (Really Simple Syndication) que permite que o utilizador seja notificado quando há alterações às redes e outros espaços que esteja a seguir.

Toda esta conectividade torna necessário que todos os professores e alunos desenvolvam a capacidade de lidarem com o conhecimento na rede. São muitas as hipóteses e oportunidades em rede, em todos os sectores da sociedade civil, e a educação não se pode divorciar disso.

Albion e Maddux (2007, por Carvalho, 2007), referem 3 pilares para esta nova fase: (1) direitos de autor e plágio, respeitando cada contributo pelo reconhecimento do seu autor; (2) capacidades e competências para colaboração efectiva, trabalho em conjunto e em partilha permanente; (3) avaliação do aluno, reflectida na rede.

São vários os autores que estudam sobre este novo conceito. Carvalho (2007) tem em conta também Monereo (2005) que refere que a Internet é uma extensão cognitiva de cada indivíduo e um meio de socialização em larga escala. Com esta nova forma de aprender, o autor refere que podem ser rentabilizadas competências como: procurar informação, comunicar, colaborar e participar na sociedade.

As ferramentas e recursos, as oportunidades e meios passam a ser diversificados e em grande número, estando disponíveis para professores e alunos de todos os níveis de ensino. Resta saber utilizar o que existe para que seja aplicado na Educação e sociedade.

Bibliografia - Carvalho, A.(2007) - Rentabilizar a Internet no Ensino Básico e Secundário: dos Recursos e Ferramentas Online aos LMS – Revista de Ciências da Educação N.º 3. Universidade do Minho (fornecido pela UC “Educação e Internet”, online)

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Conceber e Organizar um Contexto de Aprendizagem Online

Com a actualização constante das novas tecnologias, o aparecimento de novas ferramentas e o interesse dos alunos de hoje tão diferentes dos alunos de ontem, é necessário que o professor se sinta bem neste novo contexto, se sinta capaz de continuar com a sua missão num contexto de aprendizagem online.

Para isso, Terry Anderson escreve sobre o papel do professor, agora também muito focado como tutor, neste tipo de contexto e levanta a problemática de como conceber e organizar este contexto de aprendizagem online.

Neste contexto, online, a presença do professor passa por criar e manter o conteúdo, podendo trabalhar sozinho ou com o tutor. Como é online, existe a possibilidade de flexibilizar e rever o conteúdo no próprio local, podendo prosseguir no decorrer do curso.

A Internet, com os recursos educativos e conteúdos aí disponíveis, apoia e oferece diversas formas de interacção, permitindo negociação de conteúdos e actividades. A autonomia de todos os participantes é aumentada, bem como o controlo.

Os custos que são gerados por esta flexibilidade, podem ser previstos pelo professor que se diz eficaz, prevendo as negociações que tendem a satisfazer as necessidades únicas de aprendizagem.

Estes custos podem ser minimizados pelos repositórios multimédia existentes online. Assim, reutilizam-se “objectos de aprendizagem”, sendo o papel do professor criar ou recriar a partir do que já existe, vinculando a presença do professor.

O professor deve motivar, podendo recorrer a vários estilos, como por exemplo, o estilo conversacional (Holmeberg, 1998, citado por Anderson, 2004), onde o professor personaliza a conversa e o aluno consegue identificar-se com o que foi exposto. Em simultâneo, os alunos devem ter consciência que essa motivação é útil.

Orientar e apoiar a aprendizagem é também o papel do professor, devendo estabelecer prazos tanto para actividades de grupo como para o trabalho individual. Verifica-se que o ritmo próprio de aprendizagem prevalece, mas a estrutura temporal não deixa de existir.

Ser capaz de construir (ou levar a) uma comunidade que explora conteúdos, fornecer formas frequentes e diversificadas de avaliação formativa, são também aspectos que se alteram neste contexto. Com diferentes práticas e formas de trabalhar o conteúdo, a avaliação é mais subjectiva e tem em conta todo o contexto.

Deve conceber actividades para estudo independente. Desta forma, e em simultâneo, responderá às necessidades de todos.

Estas novas formas mudarão o papel da concepção de professor, desde a definição de conteúdos, personalização, aplicação e contextualização das sequências de aprendizagem.

Anderson, tem em conta que a presença de ensino, do professor, está associada e é influenciadora da concepção e organização de contextos de aprendizagem online. Deve esta presença ser repensada e posta em prática para que estes contextos se tornem verdadeiros ambientes virtuais de aprendizagem.

Bibliografia - Anderson, T.(2004) - O Processo de Ensino num Contexto de Aprendizagem Online (fornecido pela UC “Educação e Internet”, online)

Qualidades do e-professor

Focada a presença do professor, a presença de ensino, Anderson, conclui o seu texto sobre “O Processo de Ensino Num Contexto de Aprendizagem Online”, referindo as qualidades que um professor online deve possuir. Desta forma, responde à questão que alguns professores colocam: o que devo ser para ter sucesso neste novo contexto?

O autor refere três grandes grupos de características, veremos aqui cada um deles.

O professor deve ser excelente. E como? O gosto pela interacção com os alunos deve ser uma constante. Deve conseguir transmitir com entusiasmo e motivação os conteúdos que conhece bem, a matéria que lecciona. A pedagogia ou andragogia devem ser compreendidas, bem como possuir um reportório de actividades de aprendizagem que motivem e avaliem as aprendizagens efectivas.

Outra característica é possuir capacidades técnicas, conhecimentos para navegar e contribuir no contexto de aprendizagem online. Para isso necessita ter acesso a diferente hardware, bem como ser eficaz na utilização da Internet, quer seja no sentido pessoal de competência ou no à vontade no contexto.

Por fim, e interligado com as outras, deve ser um professor eficaz online, com versatilidade, capacidade de inovação e a preserverança de um pioneiro.

Desta forma, terá mais oportunidades de sucesso. É um trabalho de constante manutenção e actualização, pois as próprias tecnologias e software também o são.

Bibliografia - Anderson, T.(2004) - O Processo de Ensino num Contexto de Aprendizagem Online (fornecido pela UC “Educação e Internet”, online)

A Importancia do Blog na Educação


Apenas uma das variadas perspectivas que justificam a utilização de blogues na Educação.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Youth & Technology



Perceber o que eles pensam é um passo importante para perceber como ensinar.