segunda-feira, 24 de abril de 2017

Titia - a página


Neste Dia Mundial do Livro, crio uma página facebook para dedicar apenas ao livro "Titia amanhã não vou vir", da minha autoria, resultado de 6 meses a lecionar numa escola no norte de Moçambique.
Aqui fica o link para que se possam deliciar com os registos fotográficos que irei colocando e alguns excertos do livro para que possam perceber a mais valia pessoal que é integrar uma missão humanitária.
Lanço o desafio para que façam alguma coisa pelo outro apenas porque dá prazer e nos torna mais úteis nesta vida cheia de "não presta",
No final de contas, para além dos que ajudamos, quem sai a ganhar muito somos nós mesmos, porque crescemos por dentro.
Boas aventuras!

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Reflexão da manhã


Logo pela manhã, ao ver e ouvir a música dos patinhos, surge uma grande dúvida:
"Mamã, porquê que os patinhos não dormem deitados?"
Hum, talvez porque não têm costas nem braços? O seu corpo é muito diferente do corpo das pessoas e de outros animais que dormem deitados.
Será que a resposta é a certa para uma criança de quase 4 anos?

Boas reflexões!

terça-feira, 11 de abril de 2017

Professora e aluno morrem


As notícias de hoje trouxeram mais uma má notícia sobre a América.
É preciso vir o Uncle Sam para explicar a este povo que a legalização da posse de arma a qualquer cidadão é para loucos, bárbaros e pessoal do século mais que passado?
Então, desta vez foi o ex-marido de uma professora que entrou normalmente na escola onde a dita lecionava, levando consigo a sua arma.
Mais do que eliminar a vida da mulher com quem casou no ano antes, decidiu também fazê-lo ao aluno de 8 anos (se não estou em erro) e ferir outro de 9 anos.
Depois disto acontecer descobrem que já tinha registo criminal preenchido por vários motivos.
Fazer o quê?
Pena de morte! Vamos lá então aplicar a pena de morte a quem faz o que este senhor fez e depois se suicidou.
Ah! Se calhar já não dá... Tal como à maioria dos outros 52 casos de tiroteios em escolas (média por ano) nos grandes EUA.
Ora, vale a pena ser do país mais fixe do mundo que tem a posse de armas legalizada e a pena de morte em alguns estados?
Hum...
Um país que só conhece a sua bandeira ou a de outros nos quais pretendem ir ajudar com as suas armas e resolver o assunto à pancada (perdoem-me a expressão)?
Não sou crente de pombas com ervas na boca, mas também não estou lá muito confortável em viver num mundo cuja fama deste país é de "potência mundial".
Vamos para Marte?
Não...
Vamos educar as nossas crianças a serem pacíficas.
Vamos reprimir a necessidade do ser humano de explodir quando tem de explodir, exteriorizar maus sentimentos quando tem de o fazer?
Não.
Vamos continuar a dar medicação para manter tudo controladinho e deixá-los chegar a adultos com a utopia de que tudo controlam com simples comprimidos e o mundo é um mar de rosas?
Não.
Vamos é ter consciência de todos os nossos actos, por mais simples que eles sejam, sem tapar o sol com a peneira e não deixar a responsabilidade de maus comportamentos apenas para os meninos mal comportados, ok?

Boas explosões!


sábado, 8 de abril de 2017

E se eu fosse uma Fada Madrinha?


As férias escolares da Páscoa 2017 no Centro Educativo e de Formação Espaço Crescer (https://espacocrescer2012.wordpress.com/2017/03/14/ferias-escolares-da-pascoa-2017/) já começaram e foi em grande!

Na atividade de Escrita Criativa, dinamizada pela professora Liliana, muitos foram os textos mas um deles destacou-se em muito pela positiva e a sua autora deixou-nos publicá-lo. Obrigado, Laura!

Aqui fica:

Era uma tarde de verão e a Luísa tinha ido para a casa do avô.
- Avô? Já imaginas-te ser uma Fada Madrinha? - perguntou a Luísa.
- Bela pergunta Luísa. E se eu fosse? - respondeu o avô entusiasmado.
- Já sei, já sei! Se eu fosse uma Fada madrinha, eu voava pelos campos, voava pelos mares e conhecia o mundo inteiro! E também dava doces às crianças! - divagava a Luísa.
- Luísa, já pensaste se também poderias oferecer sonhos às crianças?
- O quê? Aqueles sonhos de comer?
- Ah! Ah! Não, Luísa, os sonhos de sonhar! Tu poderias ter uma fábrica mágica de construir sonhos. E à noite poderias oferecer às crianças que se portassem bem! - disse o avô.
- Boa ideia, avô! - concordou a Luísa.
- Pensa mais Luísa!
- Eu, eu,… não sei! Não sei o que posso dizer!
De repente entra a avó    
- Boa tarde! De que estão a falar?
- Estamos a pensar…”E se fossemos uma Fada Madrinha…”- respondeu a Luísa.
- Hum, deixa-me pensar….Tenho uma ideia: Se eu fosse uma Fada Madrinha, entrava naqueles contos de encantar! Com dragões, princesas, bruxas, torres, enfim, em todas as histórias em que existe quase sempre uns pozinhos mágicos! - sugeriu a avó.
- Mas avó, esses contos só existem nos livros! Não percebes nada! - exclamou a Luísa.
- Nada disso Luísa. Em cada livro existe uma porta mágica! Essa porta dá acesso a tudo!!... Mas para entrares nele, tens que viajar ao longo de cada página. Só assim poderás entrar. - explicou a idosa e sábia avó.
- É verdade Luísa. - confirmou o avô.
- Ah! Lembrei-me de mais… Eu poderia ter umas lindas asas e cintilantes!
- Claro! - exclamou a avó.
- Então teria as melhores asas do mundo das Fadas….
- Luísa, o que importa é o que está dentro dos nossos corações e não a aparência! - interrompeu o avô.
- Vá, vou fazer biscoitos! - comunicou a avó.
- Avô? Onde vivem as Fadas?
- As Fadas vivem onde queiras que elas vivam… ou seja, é só imaginares. Algumas vivem em bosques sombrios, outras em casas bem pequeninas, etc, etc…
- Eu viveria num palácio bem grande! - gritou a Luísa - Mas avô, também existem fadas boas e fadas más, certo?
- Sim, Luísa!
- OK. Então, eu seria uma Fada do Bem. Ajudaria os pobres e construiria o mundo de chocolate. Tudo seria feito de chocolate!
- Que disparate Luísa! - Retorquiu o avô.
De repente, ouve-se a campainha e Luísa tem que se ir embora. 

05/04/2017
Laura Valgôde

Boas férias!

terça-feira, 4 de abril de 2017

Chamem-me louca!


No outro dia, a caminho da escolinha dos meus filhos, logo pela manhã, a primeira frase que dirigi a alguém que não mora comigo foi "Aí não é o caixote do lixo!".
Cansada de ver objetos, coisas, a voar pelas janelas dos carros, nessa manhã, como a estrada até é calma e vi com algum tempo de antecedência, deu tempo para parar o meu carro ao lado do carro que estava parado mesmo a meio de uma via, sem qualquer estacionamento.
Apenas parei e, sem escolha nem critério, lancei a frase para o meu recetor de mensagem que o confirmou com um "Obrigado!" muito educado.
Era uma senhora, muito bem parecida e educada, aparentemente, não fosse o facto de deitar lixo pela janela.
Tenho pensado nisso nestes dias (sim, penso nestas coisas...).
Perguntei-me como é que, em pleno século vinte e um, ainda há gente que tem estes gestos simples de pura falta de civismo.
Agora que escrevo, tenho outra visão...
Ao lembrar-me da senhora e do lixo que deitou pela janela, vejo uma senhora bastante triste e que o lixo era um lenço de papel.
Fui eu colocar mais lenha na fogueira daquela senhora?
Terei eu dado mais um motivo para que o dia dela estivesse a ser mau? Dia ou até mesmo fase...
Poderá ela ter parado o carro ali para chorar, num sítio onde mais ninguém visse e, ao acalmar-se, ter lançado o lenço para fora da janela como um ato físico de se libertar do que tinha?
Pois é...
Chamem-lhe o que quiserem.
Não gosto de lixo no chão, mas o lenço de papel até é biodegradável...
Mas, pronto... Valeu a pena, nem que seja porque depois tive que explicar à minha filha porque é que falei com a senhora que não conheciamos e que tinha o carro parado.

"Mãe, não se fala com estranhos..."

Boas loucuras!