domingo, 27 de março de 2011

Experiências cruzadas

Para quem conhece este livro e toda a envolvência que o acompanha, sabe que é um bom instrumento para o processo de ensino-aprendizagem.
O que eu nunca tinha pensado é que o encontraria aqui em Lichinga e que ele seria tão bem aceite pelos alunos.
Mas, pensando bem, até tem lógica...
Se aqui se vive muito mais próximo da natureza, as crianças identificam-se mais com esta história.
A cara de pânico ao ouvir que o tigre gosta de meninos e não é para brincadeiras, espelhou a atenção a toda a história. A poucos km daqui há tigres à solta...
Quando se tem uns anos e bem vividos como escuteira, no Agrupamento 371 da Baixa da Banheira onde aproveitam bem os recursos à disposição para fazer um bom trabalho educativo, a tendência é utilizar a "bagagem" para encaminhar melhor a aprendizagem dos alunos.
Estes meninos já conhecem a dança do Mogli e irão aprender mais.
Por muitos estudos que façamos, não há como a nossa própria experiência para nos dar os recursos que nos "salvam" de caminhos que poderiam ser piores.
Desta forma, cruzo experiência escutista com experiência académica. Prática informal com teoria formal.
E o resultado está a ser bom!

2 comentários:

  1. Quando começaram os preparativos para a festa de comemoração do dia da criança os alunos tiveram oportunidade de cantar e dançar várias músicas e escolher uma sequência que incluia música de entrada e uma de saída.
    Fiquei contente ao aperceber-me que os alunos escolheram a dança do Mogli para a saída.
    E assim aconteceu, orgulhosamente sairam ao som das suas vozes e com os gestos adequados. Foi surpresa para a plateia pois ninguém tinha visto esta dança.
    Ainda hoje ouço alunos de outras turmas a cantarolar a música.

    ResponderEliminar
  2. Esta semana falámos dos animais domésticos e selvagens.
    Quando nomeamos os animais surgiu o tigre como selvagem. Perguntei "o que é que faz do tigre um animal selvagem?", os alunos responderam "porque come pessoas". Isto fez-me lembrar a história do Livro da Selva...
    Lá passámos do imaginário para o real...

    ResponderEliminar