sexta-feira, 27 de julho de 2018

Inclusão, será desta?


São estes e muitos outros olhares que nos fazem querer fazer mais e melhor para e com as pessoas pequenas de hoje que serão as grandes pessoas de amanhã.

Foi lançada nova legislação sobre Educação Inclusiva, no Decreto-Lei n.º 54/2018 de 6 de julho.
Está disponibilizado no site da Direção-Geral da Educação o Manual de Apoio à Prática para uma Educação Inclusiva, de forma a apoiar os profissionais de educação e pais/encarregados de educação (Direção-Geral da Educação, 2018. Para uma Educação Inclusiva: Manual de Apoio à Prática).

Tentamos, novamente, articular vários profissionais e agentes educativos de forma a integrar em contexto educativo todos os alunos, no maior número possível de iniciativas e dinâmicas de sala de aula.
É certo que há casos em que esta articulação é bastante complicada, dependendo também do tipo de dificuldade que o aluno tem e não só pela falta de motivação e falta de ferramentas dos profissionais e pais/encarregados de educação.
Este novo regime jurídico deverá ser visto como "amigo" e não como "inimigo". Se alguém perdeu tempo a pensar, a trabalhar, estudar e investigar sobre isto, deverá ter valor, nem que seja na tentativa de termos uma Escola melhor em Portugal.
Provavelmente, na cidade de Lisboa, uma grande cidade, não se notará esta necessidade, mas não esqueçamos o Portugal rural que ainda somos numa área extensa. É lá que também deve existir inclusão, mesmo sendo o número de crianças muito menor. Mesmo que financeiramente "não se justifique".
Afinal, fazemos para todos ou apenas para os grandes grupos?
Afinal, é a educação, a escola pública, um negócio que deve dar lucro ou um serviço público que toda a população legal portuguesa tem direito?
Será necessário emigrar para conseguir escolas que são nossa referência?
Teremos nós profissionais competentes para fazer face a estas novas exigências? Sim, claro que temos. Alguns até cheios de vontade de ter formação para melhor conseguir gerir a sua prática pedagógica.

Infelizmente, em Portugal ainda somos um país maioritariamente autodidata e os profissionais têm que procurar muito para encontrar as respostas às suas necessidades de formação. Talvez fosse melhor a formação dos professores, neste caso, ser uma prioridade, e não apenas um manual de apoio à prática.

Começa a ser evidente que entramos numa era em que o pensamento está em primeiro lugar, no sentido em que se tivermos uma saúde mental equilibrada, conseguimos ter equilíbrio nos restantes domínios da nossa vida, incluindo a saúde física.
Penso que a grande mudança começará pelos adultos e não pelas crianças, sendo que as crianças já vão crescer com esta realidade.

Boas inclusões!

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