terça-feira, 16 de março de 2021

Gaudiopolis - A República das Crianças

 

 Retirado de https://www.rtp.pt/programa/tv/p40399 a 16 de março de 2021

Gaudiopolis, a Cidade da Alegria e República das Crianças.
O fantástico documentário da RTP 2 que pode ser visualizado em https://www.rtp.pt/play/p8604/e530697/la-republique-des-enfants.
Mais uma perspetiva, mais uma história das imensas histórias da 2ª Guerra Mundial que têm repercussões até hoje.
A iniciativa foi de Sztehlo Gabor, sacerdote protestante, a quem muitos devem a vida e um futuro profissional e familiar.
Mas a verdade é que, Gabor conseguiu aquilo que muitos podemos conseguir, bastando para isso ter a coragem de se assumir, de assumir o que está eticamente correto, mesmo que seja totalmente contra o que a sociedade acredita nesse tempo, e fazer. Apenas isso, fazer.
Em plena guerra mundial, num país, Hungria, que apoiava os alemães, Gabor conseguiu resgatar crianças judias e não judias e até adolescentes filhos de nazis, e dar-lhes o mundo, através da educação, através do ensino da sociedade democrática.
Um brincadeira bastante séria, com recurso à cultura, arte e escrita, e aos vários ofícios que fazem falta numa comunidade.
O espírito crítico, o poder de argumentação e outras competências da comunicação foram despertadas nas centenas de crianças que ali viveram apenas durante 6 anos, pois um novo conflito acabou este ninho de liberdade de expressão.
Hoje são reformados de profissões como jornalistas, engenheiros, contabilistas e outros. Pessoas de sucesso, apesar de terem os traumas de guerra que hoje nem sequer podemos imaginar.
Ser criança é isso: crescer escolhendo seguir o que melhor conseguimos fazer numa vida de respeito mútuo, independentemente de religiões e culturas. Um renovar constante de sensações e emoções para uma boa gestão da saúde mental, mesmo que de forma inconsciente.
Os adultos, às vezes essas mesmas crianças, quando começam a impor o seu ponto de vista, tornam-se castrantes da liberdade que todo o ser humano devia ter.
Triste é pensar que hoje em dia, em vários países do mundo, segue-se esta mesma castração silenciosa e ninguém faz nada sobre isso... 
Deixamo-nos estar no nosso conforto, na nossa ilusão de que a ONU e entidades não governamentais conseguem solucionar tudo.
Afinal, aqui ao meu lado está tudo bem...

Boas reflexões!


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