segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

O monge e o passarinho

Como era de prever, fizemos nas férias escolares de Natal 2012 no Espaço Crescer uma série de atividades em torno de um conto/lenda.
Começámos por ler a história, com a atividade "Hora do Conto". O livro escolhido foi o volume 1 da coleção Lendas Portuguesas da editora Amigos do Livro Editores. Os textos não têm os autores identificados, mas a pessoa responsável pela investigação, recolha e textos é Fernanda Frazão.
Como estamos em terras do norte, escolhemos a primeira história do capítulo das Lendas Nortenhas, cujo título é O Monge e o passarinho.
Depois de ler a história, trabalhámos o texto de forma a conseguirmos falas para as várias personagens que identificámos.
Na atividade "Ilustração de contos", fizemos desenhos para cada uma das cenas que nos pareceram mais significativas. Através desta ilustração, facilmente percebemos que peças seriam precisas para construirmos um teatro de fantoches e o seu cenário.
Com as falas identificadas e as cenas escolhidas, ensaiamos a dramatização das personagens ainda sem fantoches, numa outra atividade a que chamámos "Dramatização".
Depois de toda a história ensaiada, partimos para as atividades de "Expressões plásticas" e "Fantoches", onde todos participaram na construção dos fantoches e cenário.
Aqui fica a história final utilizada para o teatrinho de fantoches, e respetivas ilustrações:

O monge e o passarinho


Narrador - O monge estava no coro da capela a rezar.

Monge – diz o Avé-Maria baixinho

Narrador - Quando apareceu um passarinho a cantar e o despertou.

Passarinho - canta


Narrador - O pássaro saiu da capela e o monge foi atrás encantado.


Monge – onde vais, passarinho, que cantas tão bem? Vou atrás de ti!


















Narrador - O passarito foi para cima da árvore cantar e o monge foi para debaixo da mesma árvore a ouvir.

Passarinho - canta

Narrador - De repente o passarinho desapareceu.

Monge – Oh! Para onde foi ele? Vou voltar para a igreja.

Narrador - O monge voltou para a igreja. Ao chegar a porta estava fechada e o monge estranhou.
Foi para a porta do lado onde estava um porteiro que o impediu de entrar na igreja.

Porteiro – Quem és tu?

Monge – Eu sou o monge.

Porteiro – Então, diga-me o nome do abade e do ministro.

Monge – Jorge é o abade, e o ministro é o Luís.

Narrador - O porteiro fez-lhe algumas perguntas e deixou-o entrar para perto do abade.







Porteiro – Fiz-lhe umas perguntas mas não conheço os nomes de nenhum. Ele diz que é o monge.

Abade – Deixa comigo! Vou investigar.

Narrador - O abade, depois das respostas estranhas do monge ao porteiro, procurou os nomes dos companheiros que ele disse num livro muito antigo e descobriu que o monge viveu há 300 anos.

Abade – Monge, os nomes das pessoas que disseste existiram há 300 anos. Deves ter feito uma viagem no tempo ou é um milagre ou é um sonho.

Narrador - O abade informou a sua descoberta ao monge de barbas brancas. O monge explicou o que aconteceu desde o início, desde que ouviu pela primeira vez o passarinho até voltar à igreja.

Monge – Ouvi um passarinho enquanto rezava. Fui atrás dele para o jardim e quando voltei à igreja encontrei tudo diferente.










Narrador - Então, o monge acabou por pedir para ter um descanso eterno e ir para junto dos companheiros dele.

Monge – Como não estou no meu tempo quero morrer e ir para junto dos meus amigos, Jorge e Luís.

Abade – Faça-se a sua vontade, senhor monge!

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