domingo, 15 de maio de 2011

Museu etnográfico de Lichinga

Para saber que existe um Museu Etnográfico em Lichinga foi preciso ver as notícias do Niassa, que dá todos os dias às 18h na TVM.
Mas valeu a pena, ainda para mais porque levámos os 37 alunos connosco, que nunca tinham ouvido a palavra "museu".
Tendo em conta que estão a iniciar agora o investimento na cultura e turismo na província do Niassa, conseguiram reunir algum material para pôr em exposição e são representados por um professor de história local que gosta do que faz. É meio caminho para o sucesso.
Do que se orgulham? Logo à entrada temos o Samora Machel, grande responsável pelo fim da colonização da forma como foi, sendo evidenciado apenas os instrumentos da opressão colonial, como os que estão na fotografia.
Orgulham-se também dos trajes tradicionais feitos de casca de árvore que são realmente interessantes.
O massacre de Mueda, que nem sequer é desta província, também está em lugar de destaque, num mesmo cartaz alusivo ao dia 16 de Junho, dia do massacre em Mueda, dia dos meticais (moeda de cá) e dia da criança moçambicana.
Quando perguntei "têm dia da criança moçambicana?" o professor de história apressou-se em explicar que já estão a construir outro cartaz com os dias festivos separados. Foi evidente a opinião dele sobre a mistura da criança com o tema do massacre.
O monumento que se vê na fotografia está por cima do museu e na praça que se chama "Heróis Moçambicanos", bem como o monumento.
Aqui é prestada uma grande homenagem aos combatentes contra os ex-colonos, brancos.
Passados 30 anos este local é visitado por uma turma da 2ª Classe de alunos moçambicanos, uma auxiliar moçambicana e uma professora branca (como eles dizem).
É irónico, não é?

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